A A.P. Moller-Maersk antecipa um aumento da procura pelo transporte de mercadorias a nível global durante os próximos meses, mas acredita que não haverá um regresso à navegação pelo Canal do Suez antes de 2025, devido aos ataques no Mar Vermelho, avança a Reuters.

“Não há sinais de abrandamento [do conflito] e não é seguro para as nossas embarcações ou para o nosso pessoal estarem ali. A nossa expectativa neste momento é que a situação se prolongue durante 2025”, afirma Vincent Clerc, chief executive da transportadora marítima.

Os ataques no Mar Vermelho têm perturbado as rotas marítimas para o comércio leste-oeste, com o desvio prolongado das rotas a fazer aumentar as tarifas de frete e a causar congestionamento nos portos da Ásia e da Europa.

Por sua vez, a Maersk, que registou uma forte procura no terceiro trimestre, impulsionada especialmente pelas exportações da China e do Sudeste Asiático, não vê sinais de desaceleração nos volumes vindos da Europa ou da América do Norte nos próximos meses.

Em relação às eleições nos EUA e ao impacto no mercado global de frete, o responsável refere que “nenhum dos candidatos [Kamala Harris e Donald Trump] defende a necessidade de desacelerar a atividade económica. Enquanto a economia parceria forte e o consumo estiver em alta haverá uma procura contínua por tráfego de contentores”.