O recém-eleito próximo presidente dos EUA, Donald Trump, já anunciou algumas medidas para quando tomar posse na Casa Branca. Entre elas estão novas tarifas para a importação de bens provenientes da China, México e Canadá, os três maiores parceiros de negócio dos EUA.

No caso das importações provenientes dos seus vizinhos, Canadá e México, as tarifas impostas serão de 25%, enquanto a China terá um acréscimo de 10%. Falamos de uma movimentação de bens avaliada em mais de 1,5 biliões de dólares entre a América do Norte, e de 600 mil milhões com a China.

Segundo avançou o The Washington Post, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que iria retaliar com tarifas próprias, caso Donald Trump mantenha a sua promessa.

Os EUA importam bens como carros, maquinaria, equipamento eletrónico, alimentos e cerveja do México, e do Canadá combustíveis fósseis, maquinaria e peças, entre outros. Da China chegam ao país produtos como eletrónicos, com foco nos telemóveis, bem como brinquedos, mobília e plásticos.

Economistas já alertaram para os possíveis impactos destas tarifas na inflação do país, afetando bens de consumo e em especial alimentos, tendo mais de metade das frutas frescas sido importadas do México em 2022.

Todos estes países apresentaram um desequilíbrio na balança comercial dos EUA, tendo tido maiores importações do que exportações. No último ano, o México representou uma importação de 475 mil milhões de dólares em bens, e uma exportação de 323 mil milhões, tendo os EUA representado 80% da exportação mexicana, sendo a grande maioria bens produzidos.

O Canadá foi o segundo maior parceiro de trocas dos EUA, tendo importado deste mais de 418 mil milhões de dólares em bens, e exportado 354 mil milhões. Por sua vez, as importações chinesas representaram um valor de 427 mil milhões de dólares em bens, e uma exportação de 148 mil milhões, representando os EUA a 15% das exportações chinesas.