Os Estados Unidos vão aumentar as taxas alfandegárias sobre painéis solares, silício policristalino e alguns produtos de tungsténio oriundos da China, para proteger as empresas norte-americanas de energia limpa, informou a Casa Branca.
Os Estados Unidos aumentaram as tarifas aduaneiras sobre mais importações chinesas, incluindo componentes cruciais de painéis solares, coroando os esforços recentes da maior economia do mundo para proteger o seu sector de energia verde em crescimento. As últimas medidas anunciadas pelo gabinete do Representante do Comércio dos EUA encerram uma revisão das tarifas impostas durante a primeira administração do Presidente eleito Donald Trump.
As taxas para painéis solares e silício policristalino devem duplicar em janeiro para 50%, enquanto as de certos produtos de tungsténio aumentarão de zero para 25%. “Os aumentos de tarifas anunciados hoje irão reduzir ainda mais as políticas e práticas prejudiciais da República Popular da China”, disse a Representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, em comunicado. As ações, acrescentou, complementarão os investimentos domésticos feitos sob a administração do presidente cessante Joe Biden para impulsionar a economia de energia limpa dos Estados Unidos.
Em maio, a Casa Branca anunciou um forte aumento dos direitos aduaneiros sobre os produtos chineses, visando sectores-chave como os veículos elétricos, os semicondutores, as baterias e as células solares, o que provocou uma reação feroz por parte de Pequim. O anúncio agora feito pela Casa Branca dá continuidade aos esforços anteriores. A subida das taxas alfandegárias sobre três linhas adicionais de produtos de tungsténio foi considerada fundamental para ajudar as indústrias americanas, incluindo a aeroespacial e a da defesa. Segundo o Departamento de Comércio norte-americano “a dependência contínua da China em relação aos produtos de tungsténio deixa as cadeias de abastecimento dos Estados Unidos vulneráveis e põe em risco a segurança nacional “.
As importações chinesas têm prejudicado a produção nacional e o aumento das taxas tornará os produtores nacionais mais competitivos. “Embora o aumento das taxas possa resultar inicialmente em preços mais elevados, as taxas são necessárias para permitir que os produtores nacionais concorram com o enorme excesso de capacidade da China, defendam os investimentos recentes e incentivem o aumento da produção nacional”, refere uma nota do Departamento de Comércio.