As disrupções, sejam elas decorrentes de desastres naturais, sejam relacionadas com condicionantes nos transportes, estão no topo das preocupações dos líderes de procurement, de acordo com o mais recente estudo da Gartner.
Realizado entre junho e julho deste ano, o inquérito ouviu 258 responsáveis de procurement, sendo que as disrupções na cadeia de abastecimento foram apontadas por 42% dos respondentes.
“Estas preocupações refletem a natureza imprevisível e os potenciais impactos existenciais destes eventos”, comentou, a propósito, Andrea Greenwasld, analista sénior da consultora. Na sua opinião, os responsáveis de procurement chegaram à conclusão de que as medidas reativas que usaram para gerir o risco nos últimos quatro anos não vão ser suficientes para os próximos quatro.
Além das disrupções, os inquiridos apontaram, como preocupações, os fatores macroeconómicos (33%), as tendências geopolíticas (32%) e os temas de compliance (32%).
A Gartner concluiu ainda que as organizações de topo apresentam uma probabilidade 2,2 vezes maiores de encarar a disponibilidade e o custo da energia como um risco relevante. A consultora destaca que à medida que a procura pela eletrificação aumenta, as empresas são mais sensíveis ao fornecimento energético.
Neste contexto, a Gartner recomenda que os responsáveis de procurement devem avaliar o impacto dos principais riscos e estabelecer prioridades com base na probabilidade, no impacto e na velocidade. Além disso, devem desenvolver ou reforçar parcerias. E, ao mesmo tempo, devem navegar na complexidade interna, o que significa colaborar com as diferentes equipas, de estratégia, financeira e jurídica, para lidar eficazmente com os fatores macroeconómicos e de compliance.