A MSC e a CMA CGM anunciaram que, a 1 de janeiro, vão aplicar novas taxas nos trânsitos entre a Ásia e a costa ocidental dos Estados Unidos. Trata-se de uma resposta à decisão da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) de implementar um novo sistema de reservas para “otimizar as operações”.
As modificações no sistema de reservas vão implicar mudanças na estrutura tarifária, incluindo a introdução de novas taxas. O objetivo é, segundo a ACP; “melhorar o nível de serviço, para refletir o valor do serviço de reservas, otimizar a gestão da procura e da oferta e, assim, otimizar as operações de trânsito”.
Em reação, a MSC notificou os seus clientes de que, para “enfrentar os custos crescentes associados a estas mudanças e manter o compromisso com serviços eficientes e confiáveis”, vai introduzir uma sobretaxa. Assim, vai aplicar 40 dólares por TEU para todos os tipos de carga em trânsitos no canal.
Também a CMA CGM deu conta de uma sobretaxa de trânsito, em vigor a 1 de janeiro, de modo a “recuperar deste custo adicional” e “continuar a fornecer serviços de confiança em trânsito pelo Canal do Panamá”. Esse valor será, igualmente, de 40 dólares por TEU.
Entre as novas medidas da ACP está também uma sobretaxa, equivalente a 250% do fee de reserva, se o navio não chegar nos sete dias dentro da data de reserva. O objetivo é desencorajar os cancelamentos de última hora ou até as ausências.
Em contrapartida, introduziu uma maior flexibilidade para pedidos de troca, permitindo que os transportadores possam submeter esses pedidos até 14 dias antes da data prevista de chegada, sem custos. Para pedidos depois dos 14 dias, será aplicado um fee de 1% da reserva.
Criou, além disso, uma tarifa para reservas de trânsito de última hora, para os navios que não consigam uma reserva pelo sistema regular e, ainda assim, cheguem ao canal para passar.