Santa Comba Dão é a autarquia que demora mais tempo a pagar aos seus fornecedores, tendo levado 131 dias para pagar as suas faturas no terceiro trimestre de 2024, avança o ECO citando os dados da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL). 

A autarquia registou um agravamento com estes novos dados face ao segundo semestre, que demorou 94 dias a efetuar os pagamentos. O município ultrapassou Tabuaço, a autarquia com o pior desempenho no trimestre anterior.

Carlos Carvalho, presidente da Câmara de Tabuaço, já tinha afirmado ao ECO anteriormente que o prazo de pagamento da autarquia iria continuar a ser elevado, uma vez que existe uma dívida de curto prazo que vem de executivos anteriores. No entanto, afirmava que será possível melhorar os prazos de pagamento assim que as dívidas forem consolidadas.

Tábua surge com uma diferença de menos seis dias que, segundo Ricardo Cruz, presidente da Câmara de Tábua, se justifica pelo facto de a autarquia ter aderido a um saneamento financeiro voluntário. “Desde que tomámos posse que temos problemas de tesouraria e a solução encontrada com os ministérios das Finanças e da Coesão foi contrair um empréstimo para pagar aos fornecedores, e depois ter pagamentos mais regulares”, explicava ao ECO aquando da divulgação dos dados do primeiro trimestre.

Em quarto lugar está Alfândega da Fé, que passou de 98 para 118 dias para pagar aos fornecedores. “O agravamento deve-se ao facto de estarmos a negociar um acordo de pagamento com a Resíduos do Nordeste”, indicava Carla Vítor, chefe da divisão financeira, ao ECO, acrescentando que não será possível alterar os prazos das faturas enquanto o acordo não for assinado.

De 260 municípios, sete demoraram mais de 90 dias a pagar as faturas a fornecedores, menos dois do que nos últimos três meses do ano passado. Na atualização da lista de municípios com prazos médios de pagamento superiores a 90 dias, passou a constar Tomar. Passou de um prazo médio de pagamento de 28 dias no terceiro trimestre de 2023, para 122 dias no segundo trimestre de 2024.

Assim como Tomar, ainda havia 48 municípios com informação em falta no Sistema de Informação para o Subsetor da Administração Local (SISAL), no terceiro trimestre. Os dados da DGAL demonstram ainda que 11 câmaras demoraram mais de 60 dias, menos sete do que nos três meses anteriores.