A sustentabilidade tornou-se a preocupação n.º 1 na indústria alimentar e de bebidas, de acordo com o mais recente relatório da DNV, consultora especializada em gestão de risco. Entre os objetivos dos responsáveis pelo procurement, responde por 75%, acima da eficiência de custos (63%) e da conformidade regulatória (49%).
O relatório “The Future of Sustainable Food Supply Chains: Spotlight on Europe’s Food and Beverage Industry” conclui que, para serem bem-sucedidas, as empresas têm de adotar uma abordagem holística, que integre visibilidade, transformação digital e cumprimento das normas legais.
Com o setor alimentar a corresponder a cerca de um terço das emissões globais de carbono, o documento identifica áreas críticas em que a indústria deve focar-se.
Uma delas passa pela transformação digital, que deve ser vista como catalisadora. A adoção de ferramentas como o passaporte digital dos produtos e plataformas de gestão de risco da cadeia de abastecimento está a ganhar peso, mas o setor continua atrasado na integração de tecnologias-chave.
No que concerne o ambiente regulatório, a DNV chama a atenção para as novas diretivas europeias, nomeadamente a que se prende com as embalagens e os resíduos.
Coloca, ainda, na balança o papel dos consumidores na promoção de práticas de produção alimentar mais sustentáveis e transparentes, considerando que estão disponíveis para pagar mais por produtos alinhados com os seus valores. Acresce que os retalhistas, sobretudo os que possuem marcas próprias, estão a pressionar uma maior colaboração com os fornecedores, de modo a corresponder a estas expectativas.
“A indústria alimentar e de bebidas enfrenta uma era de transformações significativas à medida que a sustentabilidade na cadeia de abastecimento se torna uma prioridade. As disrupções globais, como a pandemia de Covid-19, as tensões geopolíticas ou as alterações climáticas, intensificaram os desafios e introduziram novas complexidades na cadeia de abastecimento da indústria”, enquadra o CEO – Supply Chain & Product Assurance da DNV, Geir Fuglerud.
Foto | Freepik