O fornecimento de gás russo à Europa através de território ucraniano foi cancelado a 1 de janeiro, em consequência do fim do acordo assinado entre os dois países antes da guerra.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, anunciou que não tencionava renovar o acordo, sublinhando que a sua decisão é importante para permitir que a Europa se afaste da Rússia e para não permitir que o Kremlin “ganhe milhares de milhões adicionais” com o sangue ucraniano.

A imprensa internacional menciona que a Rússia deverá perder cerca de cinco mil milhões de euros. No entanto, também a Ucrânia lucrava com o acordo, já que recebia taxas de trânsito, estimadas em mil milhões de euros.

A companhia russa Gazprom confirmou que as exportações de gás através da Ucrânia cessaram às 8.00 locais de quarta-feira. A mesma informação foi divulgada pelo operador de trânsito de gás da Ucrânia.

A Comissão Europeia reagiu, entretanto, afirmando que a União Europeia estava preparada para a mudança e que a maioria dos países tem alternativas. Mas, de acordo com a imprensa internacional, outros países, como a Moldava, estão já a sofrer o impacto do corte.

A Rússia continua a poder exportar gás para a Hungria, Turquia e Sérvia através do gasoduto TurkSteam, pelo Mar Negro.

A Europa tem procurado reduzir a dependência da energia russa, com Bruxelas a dar conta de que o gás russo constituiu cerca de 8% das importações da União em 2023, contra 40% em 2021, antes da invasão da Ucrânia.