O Inquérito sobre Perspetivas de Exportação de Bens (IPEB), do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que as empresas antecipam um aumento nominal de 4,6% nas exportações de bens para 2025. Este estudo foi realizado em novembro de 2024 e envolveu 3.068 empresas, responsáveis por cerca de 85% das exportações de bens durante 2023.

As perspetivas têm por base os valores atingidos até à data do inquérito, quando já se verificava um crescimento acumulado de 3,0%, observado nos dados do Comércio Internacional de Bens.

Em termos de Grandes Economias Económicas (CGCE), o maior crescimento esperado é nas exportações de Material de transporte e acessórios (+7,2%), seguindo-se os Fornecimentos industriais não especificados noutra categoria (+6,9%).

Em termos percentuais, o IPEB não sente uma grande diferença nos crescimentos das empresas por dimensão, verificando que as empresas de:
. Pequena dimensão apresentaram um crescimento de 3,9% (representando 54% das empresas comuns e 27% do valor previsto para 2025);
. Maior dimensão apresentaram um crescimento de 3,4% (representando 16% das empresas analisadas e 67% do valor previsto para 2025);
. Micro e pequenas empresas apresentaram um crescimento de 3,3% (representando 30% das empresas em análise e apenas 7% do valor previsto para 2025.

O nível de digitalização também está refletido no inquérito, sendo que as empresas com um baixo nível de intensidade digital foram as únicas a apresentar uma diminuição esperada das exportações (-1,3%). As restantes, com um índice digital de intensidade baixo, alto e muito alto, esperam crescimentos de 2,8%, 0,4% e 5,3%, respetivamente.

O grau académico dos trabalhadores também aparenta ter um impacto positivo nos resultados. De acordo com os dados, as empresas em que pelo menos metade dos seus colaboradores conta com um grau académico superior (grau de licenciatura, mestrado ou doutoramento), esperam um crescimento de 6,8% nas exportações em 2025, e as restantes 3,1% (representando 7% da análise).

“Em geral, as empresas revelam expectativas positivas, mas uma análise por setor de atividade mostra que algumas perspetivam crescimento e outras antecipam desafios que deverão limitar a sua atividade exportadora”, pode ler-se no inquérito.