Francisco Machado Serra é o novo cargo de country procurement senior da Exide para Portugal. Uma função que assumiu, como afirma à SCM, com o objetivo de posicionar o procurement como um pilar estratégico e motor de crescimento sustentável da empresa.

O desafio que lhe foi proposto surgiu como uma consequência natural do crescimento do negócio da Exide Technologies em Portugal e da necessidade de transformação no departamento de procurement. “Com a expansão da empresa e a evolução dos seus objetivos estratégicos, tornou-se evidente a necessidade de redefinir processos, integrar novas tecnologias e promover uma comunicação mais colaborativa entre os departamentos”, enquadra.

A propósito, o profissional adianta que, ao longo da carreira, desenvolveu “uma reputação sólida” como especialista em procurement, sendo frequentemente contratado por empresas de diferentes setores e países para implementar soluções que promovem eficiência, otimizam processos e transformam o procurement numa área estratégica, capaz de gerar valor direto e sustentável para o negócio. “Na Exide, esta experiência foi essencial para apoiar a transição de um modelo de compras tradicional para um departamento orientado para a inovação, sustentabilidade e contributo financeiro, posicionando o procurement como um verdadeiro profit center”, realça.

As novas funções passam por liderar e transformar as operações de procurement em duas unidades de produção em Portugal, com foco na aquisição estratégica de matérias-primas, serviços e equipamentos. Através de “uma visão global e de uma abordagem baseada em dados”, é responsável pela eficiência e otimização, que envolve implementar ferramentas digitais avançadas, como IA e blockchain, para automatizar processos, melhorar a transparência da cadeia de fornecimento e reduzir custos operacionais.

O desenvolvimento estratégico é outra das suas competências, sendo-lhe inerente criar e executar estratégias de procurement alinhadas aos objetivos empresariais, assegurando que a área contribua diretamente para a rentabilidade e competitividade da empresa.

O mesmo acontece com a gestão de relacionamentos, no sentido de estabelecer parcerias sólidas com fornecedores globais e locais, promovendo inovação colaborativa e garantindo o cumprimento das normas de qualidade, segurança e sustentabilidade.

A liderança e formação, implicando desenvolver as competências da equipa de procurement, promovendo uma cultura de excelência, inovação e foco em resultados mensuráveis; e a compliance e sustentabilidade, visando, nomeadamente, assegurar a conformidade com regulamentações locais e internacionais, são outras das responsabilidades.

O objetivo é “transformar o departamento num verdadeiro profit center, em que as decisões são baseadas em dados, e o impacto é visível em toda a cadeia de valor”. Para alcançar isso, Francisco Machado Serra adianta ter estabelecido metas que se prendem com a digitalização e a inovação (adotar tecnologias disruptivas, como IA, para previsão de padrões de consumo e blockchain para rastreabilidade, otimizando operações e mitigando riscos); rentabilidade e valor estratégico (garantir que o procurement não só reduz custos, mas também contribui para o aumento da margem operacional da empresa, através de iniciativas de valor agregado); sustentabilidade e responsabilidade social (integrar critérios de sustentabilidade em todas as decisões de aprovisionamento, alinhando-se aos objetivos ESG da empresa); desenvolvimento de pessoas (criar uma equipa de procurement altamente qualificada, motivada e orientada para resultados, com capacidade para responder a desafios locais e globais); e resiliência da cadeia de fornecimento (fortalecer a cadeia de valor, garantindo continuidade operacional, mesmo em cenários de crise ou incerteza, através de uma gestão de risco robusta).