Hoje, 14 de fevereiro, em distintas partes do globo, muitos celebram o amor. Mas poucos se lembram, ou sequer sabem, que tudo começa muito antes. No coração do comércio global, o transporte de flores, por exemplo, tornou-se uma operação de alta performance, capaz de enfrentar o desafio de entregar delicadas rosas em tempo recorde, mantendo a sua frescura, beleza e perfume. No dia de São Valentim “Love is in the air”, mas os pózinhos de magia logística também.

Quer falemos de chocolates, perfumes, jóias ou rosas, a logística é essencial para que os presentes do dia de São Valentim cheguem aos destinatários pontualmente e em perfeitas condições, para que a celebração seja especial para todos os envolvidos.

Mas, Dia dos Namorados, ou dia de São Valentim, porquê? Há várias histórias para a origem do dia, mas foquemo-nos na que remonta ao Império Romano, especificamente ao século III. O imperador Claudio II baniu os casamentos entre os jovens, pois considerava que os homens solteiros eram melhores guerreiros. No entanto, um padre chamado Valentim continuou a celebrar casamentos em segredo, o que lhe valeu a condenação à morte.

Segundo a lenda, o padre Valentim apaixonou-se pela filha do carcereiro enquanto estava na prisão. Antes de ser executado, no dia 14 de fevereiro, terá, alegadamente, escrito uma carta à sua amada, assinada “Do teu Valentim”. Hoje, esta ainda é uma frase que se lê recorrentemente nas cartas e cartões utilizados para celebrar a data. Além de cartas, é nesta ocasião que se trocam caixas de chocolates, jóias ou flores, que chegam às mãos dos apaixonados. E tudo graças à logística.

Veja-se o caso da Qatar Airways Cargo transportou 2.800 toneladas de flores, equivalente 43 milhões de rosas vermelhas, recém-colhidas no Quénia e América do sul, mesmo a tempo do dia de São Valentim.

A partir de Nairóbi, a transportadora enviou quase 1.600 toneladas de rosas vermelhas nos seus voos regulares e fretados. De Bogotá, na Colômbia, e Quito, no Equador, transportou cerca de 1.200 toneladas para mercados-chave, como Amesterdão, Médio Oriente, Ásia e Austrália.

Os nove voos fretados a partir de Nairóbi, e os 10 adicionais a partir de Quito, seguiram para estes mercados duas semanas antes do dia de São Valentim, de forma a responder ao aumento da procura nesta altura de pico.

Mark Drusch, diretor de carga da Qatar Airways, afirma que “Devido ao dia de São Valentim, fevereiro é um mês crucial e uma importante oportunidade económica para o setor da floricultura. Os serviços da Qatar Airways Cargo são essenciais para recompensar os dedicados trabalhadores agrícolas, agricultores e empreendedores por trás deste setor florescente setor agroindustrial”.

Por sua vez, a Swissport também está empenhada em levar flores aos apaixonados. Este ano espera movimentar mais de 250 milhões de flores no seu centro de carga aérea em Nairobi. As cargas de flores provenientes do Quénia, transportadas pelo Aeroporto Jomo Kenyatta de Nairóbi, são enviadas para destinos globais através de 35 voos adicionais, um aumento de 50% em relação aos volumes médios.

Para atender à crescente procura, a Swissport está a investir em capacidade e tecnologia para lidar com cargas perecíveis e sensíveis dentro de um intervalo de temperatura definida, que deve ser mantida ao longo do processo desde o solo até ao transporte para o camião, e depois até ao carregamento de paletes para o avião. Este conceito, conhecimento como “corredor das flores” foi implementado pela primeira vez no Quénia pela Swissport, e está a ser agora aditado em destinos de carga na Europa, como Amesterdão, nos Países Baixos, e em  Liège, na Bélgica.

Dirk Goovaerts, CEO da região CEMEAI e presidente global de carga da empresa, refere que este corredor “É um elo essencial na cadeia de abastecimento refrigerada para flores frescas na África e na Europa, garantindo um transporte contínuo e com controlo de temperatura”.

Hoje, se oferecer um ramo de flores, lembre-se: o amor está no ar e a logística nos bastidores. Sem ela, até o romance poderia ficar à espera ou comprometido.