Os retalhistas online chineses Temu e Shein estão a procurar deslocalizar os seus fornecedores para outras regiões do sudeste asiático. Esta decisão é avançada pela imprensa internacional, que adianta que se trata de uma resposta à possibilidade de os Estados Unidos eliminarem a isenção fiscal para embalagens de baixo valor com origem na China.
O jornal espanhol El Economista dá conta de que a Shein já estará a pedir a vários dos seus fornecedores de vestuário na China que mudem a produção para o Vietname. Ainda sem conformação oficial, a contrapartida será um conjunto de incentivos como o aumento dos preços de compra a esses fabricantes. A agência financeira Bloomberg especifica que esses aumentos poderão oscilar entre os 15 e os 30%, sendo que o retalhista se terá proposto, ainda, ajudar a construir instalações para facilitar a deslocalização.
Quanto à Temu, estará igualmente a pressionar os fornecedores, para que reforcem os seus stocks nos armazéns norte-americanos.
De acordo com o El Economista, um relatório da Câmara dos Representantes dos EUA sobre a China, publicado em 2023, indica que mais de 30% dos pacotes que entram diariamente no país são enviados pela Shein e pela Temu.