A grande maioria dos europeus – 72% dos inquiridos num estudo promovido pela UNI Europa – defende que o procurement público deve ser socialmente justo e reforçar as condições de vida dos trabalhadores através das compras coletivas.
O estudo, que acaba de ser divulgado, surge numa altura em que a Comissão Europeia se prepara para reformar as regras que governam a concessão de contratos públicos a empresas privadas.
“Estas conclusões constituem um apelo urgente à ação. A Comissão Europeia devia ouvir os eleitores: o dinheiro público deve ser utilizado para apoiar empregos de qualidade, não companhias que minam a concorrência justa”, afirma o secretário regional da UNI Europa, Oliver Roethig, em comunicado.
O inquérito mostra, ainda, que 65% dos respondentes querem que os contratos públicos sejam adjudicados com base em critérios de preço, qualidade, sustentabilidade e sociais. Destes critérios, os salários e as condições de trabalho surgem como prioridade.
Além disso, 83% dos inquiridos defende que as empresas que pagam mal e que contornam os sindicatos devem ser excluídas. Em contrapartida, para 72% as autoridades públicas deverão privilegiar empresas com acordos coletivos de trabalho.
Este inquérito envolveu 6080 pessoas em seis países europeus: Alemanha, Chéquia, Espanha, França, Irlanda e Polónia. A UNI Europa é uma federação de sindicatos que representa sete milhões de trabalhadores.