O mercado europeu de logística de frio deverá atingir os 239,71 mil milhões de dólares em 2032, crescendo a uma taxa anual composta de 14,6%. A estimativa é da consultora Allied Market Research e tem como ponto de partida o ano de 2022, em que o setor valia 64,10 mil milhões de dólares.
De acordo com a empresa, a penetração do comércio online, o aumento do número de armazéns refrigerados e o desempenho do setor farmacêutico são os motores deste crescimento. No entanto, identifica que deficientes infraestruturas, custos logísticos elevados e falta de controlo dos fabricantes e dos retalhistas sobre os serviços logísticos poderão constranger a evolução prevista.
Ainda assim, nota que o uso de soluções tecnológicas e de automação, cortes nos custos e nos tempos de entrega devido à adoção de sistemas multimodais e de aplicações de RFID poderá constituir uma oportunidade lucrativa para a indústria.
A Alemanha é um dos principais contribuidores para este mercado, uma vez que constitui um hub farmacêutico, com maiores necessidades de uma rede de logística de frio. A propósito, a consultora exemplifica com o centro de distribuição de 32 mil metros quadrados que está a ser construído em Florstadt em parceria com o grupo DHL.
O estudo indica ainda que o setor da carne e do peixe correspondia a um terço das receitas do mercado total em 2015 e deverá liderar em 2025. No entanto, é o segmento dos lacticínios e das sobremesas congeladas que apresenta a taxa de crescimento mais acelerada – 21,8% entre 2020 e 2025.
A crescer está também o mercado logístico das flores e sementes: 25% das flores vendidas na União Europeia são importadas de países como o Quénia, o Equador e a Etiópia, requerendo condições estáveis de armazenamento (a uma temperatura entre os dois e os quatro graus Celsius), de modo a manterem a sua fragrância intacta e a frescura por um prazo de três semanas.