As acessibilidades ao porto sadino têm gerado disputa entre as associações ambientais e APSS, operadores portuários e o Executivo. A problemática foi discutida na Audição Parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, em que Ana Paula Vitorino explicou a ambiguidade do tema.

A Ministra afirma que existem mais impactos positivos do que negativos no que diz respeito à acessibilidade, “se não for feita, os portos não crescem e vamos ter a escalar no Porto de Setúbal o refugo das frotas mundiais”. Explica que se pretende dar uma resposta positiva à recepção de navios de maior porte e também que possa haver um cruzamento de embarcações no canal do cais, pois não existe largura suficiente que permita este encontro.

Condições de acessibilidade precárias correspondem a uma incapacidade de receber navios mais recentes que respeitam as novas regras ambientais, segundo Ana Paula Vitorino. Estas embarcações criam uma maior eficiência energética e menor agressividade ecológica.

No entanto, reconhece que a questão ambiental dos estuários não foi posta de parte, “os nossos estuários são zonas sensíveis e todas as intervenções têm que ser pensadas e têm que estar sujeitas ao mais rigoroso cumprimento da legislação nacional e comunitária”.