A pandemia do Covid-19 tem vindo a desafiar empresas de vários setores a responderem aos desafios impostos. Pela primeira vez, grande parte das corporações começam a adotar novos sistemas de trabalho. O trabalho remoto, é exemplo disso, evitando assim, a criação de mais focos de contágio comunitário. Neste artigo, Luís Sobral, Country Manager da Mercado Eletrônico Portugal (ME), fala sobre os novos desafios impostos por esta crise no ME e também sobre a necessidade das organizações, no setor das compras, tornarem-se cada vez mais tecnológicas.
A rápida evolução do Covid-19 tem forçado as empresas a utilizarem novos métodos de trabalho. No ME tem sido um grande desafio?
Apesar de termos alguma experiência com o conceito de teletrabalho (HomeOffice), que já praticávamos parcialmente e pontualmente, também pelo facto de parte importante da equipa estar no Brasil e na Holanda e ainda pelo facto de que a nossa atividade assenta na sua maioria em processos digitais e online, não significa que não tivemos nestas últimas duas semanas os nossos desafios operacionais.
Desde logo o modelo ágil de trabalho que vínhamos incutindo na empresa, com pequenas reuniões (Scrum) para iniciativas de controlo de projetos, desbloqueio de problemas, questões operacionais e outras, que tivemos de trazer de imediato para o meio digital e remoto e isso, aparentemente, deveria resultar da mesma forma, mas notou-se um volume muito mais elevado desse tipo de reuniões (online) do que as que fazíamos informalmente no mesmo espaço físico e com impacto em algum consumo de tempo maior para todos.
Por outro lado, o fator de inclusão de todos os membros da equipa nos grandes desafios da empresa tornou-se mais complexo, o fluxo de informação (fundamental) que corria de forma natural no mesmo espaço físico torna-se agora um desafio para o fazer chegar a todos de forma ágil.
Isto obriga-nos a reinventar modelos de gestão, modelos de colaboração entre todos e para que ninguém fique efetivamente para trás (parece o grande desafio mesmo). Tudo isto passa inevitavelmente por trabalharmos por resultados, com maior foco no planeamento e estabelecimento de resultados reais e claros da empresa, da equipa e individuais, que darão o mote na performance individual e da empresa. Diria que é mesmo um ótimo desafio para nós.
O setor das compras B2B, tal como todos os outros, tem sido bastante impactado com esta crise de saúde. As empresas viram-se obrigadas a tornarem-se mais tecnológicas. Será uma oportunidade a implementação de plataformas digitais que auxiliem e simplifiquem os processos de compras corporativas?
Sem tecido empresarial com saúde (economicamente falando), o nosso negócio (B2B) também se vai ressentir, não tenhamos dúvidas disso. Antes da oportunidade, temos também que agir com o devido senso de preocupação económica e é fundamental prepararmo-nos para todos os cenários, que nos possam garantir a continuidade de negócio e a operação de compromisso para com os nossos clientes. No entanto, é verdade que surgem neste contexto mais e novas oportunidades para o nosso negócio.
No setor das compras em concreto (B2B), primeiro pelo contexto online das nossas soluções e serviços, que garantem às empresas a continuidade da atividade de compras core e não core. Depois, porque num contexto de trabalho remoto, vertentes como compliance, padronização de processos, monitorizaçao das compras, agilidade na negociação e compra no contexto digital, tudo isto passa a fazer ainda mais sentido e garantidamente que colocará as plataformas digitais como uma ferramenta quase obrigatória. Depois haverá muitas outras valências que ficam agora mais claras, como a qualificação de fornecedores, a gestão de contratos, a elaboração dos contratos por meio digital. Sem dúvida que ficará mais claro para todos as valências das plataformas digitais de compras.
Adaptado do Blogue Mercado Eletrônico Portugal
Artigo muito interessante. Vou visitar o blogue para saber mais.
Grande artigo
Muito inteligente e honesto
Parabéns Miguel