O Departamento de Compras evidenciou-se como uma peça estratégica para garantir a competitividade e sobrevivência das empresas. Sendo assim, para os profissionais de Compras conseguirem gerir com êxito este clima de incerteza e instabilidade, para onde devem apontar o seu foco?
Um estudo levado a cabo pela BCG, junto de mais de 200 Diretores de Compras, evidencia que o foco está em ajudar a mitigar o risco de roturas de abastecimento, contribuir para a redução de custos e impulsionar a continuidade do negócio. Como? Apostando em três aspetos fundamentais:
PROCUREMENT 4.0 – Implementar uma estratégia digital integrada e baseada em IA permitirá um contacto com fornecedores em tempo real, aumentar a produtividade agilizando as operações, maior transparência no acompanhamento dos processos e maior controlo operacional e financeiro.
NEGOCIAÇÃO – Os profissionais de Compras terão de estar preparados para (re)negociar com todos os stakeholders, sendo que os fornecedores assumem um papel de destaque. Em relação a estes últimos, será mais produtivo substituir relações de competição por relações de cooperação, baseadas na confiança, uma vez que esta fase está a ser pautada por inúmeras dificuldades que estão a trazer muita tensão às relações comerciais (renegociar condições de pagamento, stocks de segurança, lead time, picos de encomendas, evolução do preço de custo, etc.).
RENTABILIDADE – É imperativo fazer uma avaliação de risco, dos fornecedores. Prestar serviço ao cliente é uma variável que poderá assumir maior importância do que o preço de custo. Termos alternativas que nos assegurem stock, mesmo que o preço de custo à partida pareça menos rentável, será mais benéfico do que termos fornecedores com preços de custo muito competitivos, mas que não nos consigam entregar a mercadoria ou que estejam em risco de insolvência. Para esta equação da rentabilidade, devemos trazer uma variável importante que é o custo de oportunidade.
A mudança sempre foi um fator impulsionador de crescimento e aprendizagem que cada empresa “abraçava” ao seu ritmo. Atualmente, a pandemia afirmou-se como um “maestro” marcando o seu próprio ritmo que tod@s devemos acompanhar.
Por isso, “If you do not change, you can become extinct!” (Spencer Johnson).