Em 2017, a Efacec venceu o concurso internacional lançado pela República do Ruanda para a instalação de três subestações de alta tensão, com vista à electrificação total do país em 2023. Com as construções, o país atingiu o nível de tensão de 220kV pela primeira vez.
A MGC Transitários foi a empresa responsável pelo complexo processo logístico da operação, e Gonçalo Ribeiro, sales manager & business developer da empresa, conta que “a MGC foi responsável por todas as entregas do projecto, tanto pela via marítima como pela via aérea”. A operação aconteceu nas condições DAP e envolveu 13 transportes aéreos, totalizando 57 toneladas de carga, e cerca de 200 contentores, dos quais três quartos foram xtrades de vários países como Itália, Alemanha, Holanda, Índia ou China.
Apesar de terem movimentado estruturas com mais de 15 metros de comprimento, Gonçalo Ribeiro aponta que os maiores desafios que encontraram foram ao nível burocrático. “Durante a primeira fase pandémica existiam cerca de 2.000 camiões na fronteira entre a Tanzânia e o Ruanda sem autorização de entrada no país devido ao lockdown imposto pelo Ruanda, que só permitia circular camiões de origem ruandesa”, conta Gonçalo Ribeiro, tendo sido necessário contratar uma grua que se dirigiu à fronteira e transbordou contentores e tubos de 15 metros de comprimento de camiões da Tanzânia para camiões no Ruanda, conseguindo fazê-lo em 24 horas.
“Todos os transportes marítimos foram efectuados até ao Porto de Dar Es Salam sendo que o transporte terrestre dos contentores teve que cruzar toda a Tanzânia”, comenta ainda o responsável, ficando a mais de 1.500 quilómetros do porto marítimo, o que, devido às infra-estruturas de que o país dispunha, representava uma viagem de cerca de sete dias.
“Este é um projecto que nos enche de orgulho, pois apesar de todos os desafios que encontramos contribuímos para deixar o mundo um lugar melhor, onde aproximadamente mais 6 milhões têm hoje acesso a electricidade”, conclui Gonçalo Ribeiro.