Em entrevista ao Expresso, Nuno Rangel, CEO da Rangel, revela que a empresa tem 14,5 milhões planeados para investir em mercados externos e internos, nomeadamente na entrada na África do Sul e no México, na expansão da plataforma logística da Rangel Pharma do Montijo e na criação de uma nova plataforma logística na Figueira da Foz.
Ao nível da internacionalização, a Rangel já está presente em mercados como Angola, Moçambique, Brasil e Cabo-Verde, e agora lança-se em dois novos países. À fonte, Nuno Rangel conta que a África do Sul é um país estratégico para a empresa devido à sua posição geográfica no continente, onde garante ligações rodoviárias a toda a África Austral e por já ter negócios com este país estabelecidos devido à sua presença em Moçambique e Angola. Relativamente ao México, explica que o investimento neste país se deveu a um reforço da América Latina, e mesmo pela “dimensão, força económica e industrial do país, que é a grande fábrica dos Estados Unidos”.
Ao contrário do crescimento esperado inicialmente de 13%, a Rangel espera fechar o ano anterior com um crescimento de 5%, o que permanece favorável, ao ultrapassar os 200 milhões de euros num ano atípico como 2020.
Já no primeiro mês do ano, a Rangel começa a avançar com a sua plataforma da Figueira da Foz, reforçando a sua presença na região centro de Portugal e aproximação ao mercado exportador desta região. Trata-se de uma equipa de 10 pessoas, numa plataforma que Nuno Rangel antecipa ter um potencial de negócios de 3 milhões de euros.
Ao investimento de 2,5 milhões destes investimentos anteriores, Nuno Rangel conta ainda com mais 12 milhões até 2025, a investir na Rangel Pharma. Os primeiros 4 milhões de euros serão investidos no segundo semestre do ano e destinam-se a duplicar a capacidade da unidade do Montijo, com 7.500 metros quadrados.
O CEO da empresa espera que o mercado da saúde tenha um aumento de 7% no volume de negócios da empresa em 2021, mas admite que depois de um ano como 2020 tem “muitas cautelas com estimativas”. No ano passado a Rangel começou bem o ano, em Janeiro e Fevereiro, mas também foi afectada pela pandemia e entre Março e Maio a pandemia teve um forte impacto nas contas da empresa, voltando a ter um aumento já em Dezembro, com o efeito Brexit, registando um aumento de 30% durante este mês, tendo mesmo atingido os 50% na semana antes do Natal, revelou à fonte.