O presidente norte-americano Joe Biden ordenou na semana passada, dia 25 de Fevereiro, uma revisão urgente à cadeia logística de componentes electrónicos, cujo abastecimento não tem estado a conseguir responder às necessidades das indústrias. Com um prazo de 100 dias, a revisão envolverá ainda baterias avançadas, produtos farmacêuticos e minerais, e chips que actualmente são utilizados em produtos electrónicos, que vão desde gadgets tecnológicos do dia-a-dia, como consolas de jogos ou telemóveis, a automóveis.
A ordem de Joe Biden pretende diminuir as dependências da importação destes chips, e pretende-se que se responda tanto através de um aumento da produção interna, como através de parceiros internacionais, de modo a tornar a cadeia de abastecimento mais estável.
“Trata-se de durabilidade, identificar possíveis pontos de vulnerabilidade nas nossas cadeias de abastecimento e certificarmo-nos de que temos alternativas suplementares ou formas de contornar”, explica o presidente norte-americano durante uma cerimónia na Casa Branca. A assinatura do documento seguiu-se à reunião com legisladores norte-americanos para dar um cunho bipartidário à iniciativa.
“Esta foi uma área sensível em que republicanos e democratas concordaram. Penso que foi uma das melhores reuniões que tivemos até agora e só cá estamos há cinco semanas”, comenta o recente responsável pela Casa Branca.
Entre as declarações prestadas por alguns dos legisladores, muitos destacaram em especial a importância dos chips para os Estados Unidos e que é importante investir na sua capacidade de produção.
De acordo com os dados fornecidos pela consultora IHS Markit, a falta de chips já custou cerca de um milhão de veículos à produção da indústria automóvel global, e apenas a China, por ser a maior fabricante mundial de telemóveis, televisões e computadores, consome metade da produção mundial de Chips, segundo um recente estudo do Peterson Institute for International Economics.