O fim (da pandemia) irá certamente representar o início de um novo ciclo (económico).
Para muitas empresas o curto prazo irá representar um novo recomeço, e se o que Portugal faz, faz bem, caberá em grande parte às PME portuguesas reverem de forma transversal as suas estruturas e o formato das suas operações.
Há que ter em conta que as oportunidades surgem nos momentos de maior adversidade e dificuldade e a adaptação a cada nova realidade, e ao que é pedido pelos consumidores, é a palavra-chave para a sobrevivência.
Acredito que essa mesma sobrevivência irá passar pela exploração de novos mercados, sejam internos ou externos, e em ambas as vertentes o papel das empresas de logística será fulcral para que o sucesso se torne a realidade, pois a otimização dos custos de transportes poderá ajudar as empresas a se decidirem em sair da sua zona de conforto geográfico, desafiando-se nos objetivos.
Acredito que as empresas de distribuição e logística portuguesas estão mais do que à altura dos desafios dos novos tempos, e que serão mais do que capazes de dar conta do recado, dando o devido suporte para que os bens cheguem devidamente acondicionados e dentro dos prazos estipulados aos locais de destino.
Ocorre que estas empresas serão apenas o meio para um determinado fim, que é a… Exportação.
A exportação em si consiste no envio direto dos produtos para os clientes no exterior ou através de distribuidores localizados a distâncias consideráveis.
Esta é a forma mais utlizada pela maioria das PME portuguesas, pois o risco inerente ao processo é limitado e poderá ser mais facilmente controlado. A rentabilidade do processo é razoável e a necessidade de controlo dos produtos ao longo dos canais de distribuição é normalmente reduzida.
Concretamente sobre a exportação, podemos afirmar que existem dois tipos, a Exportação Direta e a Exportação Indireta.
No caso da primeira, ocorre que é a própria empresa produtora dos bens a responsável por todas as etapas, ficando obrigada, entre outros, a ter que providenciar toda a documentação para a exportação, a ter conhecimento dos acordos comerciais existentes, a tratar do embalamento, assim como, de todas as transações financeiras relacionadas com a mesma.
No segundo caso, a empresa produtora dos bens utiliza um intermediário especializado para negociar com o mercado externo, fazendo a ponte entre a empresa exportadora e o respetivo interessado.
Além disso a exportação indireta pode ocorrer de diversas formas, seja através de um consórcio de exportadores, ou de empresas comerciais que podem atuar no mercado interno ou apenas na exportação, ou por último por Trading Companies que são empresas especializadas em operações no exterior.
Quando se tem um bom produto, pouco conhecimento sobre o comércio exterior e/ou existir a inviabilidade de ter algum colaborador especializado dentro da empresa, o melhor caminho, pelo menos no início, é contar com o auxílio de um destes intermediadores.
Com o apoio de um intermediário, a exportação acontecerá mais rápido, não havendo a necessidade de investimento em mão-de-obra especializada, além de que a pesquisa de mercado é realizada pela própria empresa de comércio exterior, ficando assim as operações terceirizadas, tornando-se mais práticas e simples.
Além disso, existe inclusivamente uma maior segurança de investimento, pois os riscos serão do intermediário, havendo lucro garantido com a venda in situ.
Então, se tem um bom produto, porque não arriscar e ir (muito) mais longe?
Marco Morgado, Supply Chain & Operations Management
Gostei do artigo e considero que terceirizar é a melhor solução.
Eles têm a experiência necessária para fazer chegar a mercadoria “a bom porto” e aos melhores custos.