A Administração dos Portos, Leixões e Viana do Castelo (APDL), em nota de imprensa, faz um balanço da actividade durante 2021, um ano em que Leixões alcançou novos máximos no tráfego de contentores e em ro-ro.

O Porto de Leixões movimentou 15,2 milhões de toneladas de carga em 2021, destacando-se novos máximos na carga contentorizada e no ro-ro e um forte crescimento na carga fracionada e nos granéis sólidos, avança a autoridade portuária.

Na carga contentorizada, o movimento anual atingiu 717 954 TEUs (+2%) correspondendo a 7,1 milhões toneladas (+1,5%). No ro-ro foi superada, também pela primeira vez, a barreira de 71 mil unidades ro-ro (+12,2%) correspondendo a 1,5 milhões de toneladas movimentadas (+14,8%).

Já a carga fracionada cresceu 29,8% para cerca de 1,3 milhões de toneladas e os granéis sólidos, por sua vez, subiram 15,9% para 2,5 milhões de toneladas. Os granéis líquidos foram o único segmento em quebra (-51%) motivado pelo encerramento da refinaria de Matosinhos.

“O Porto de Leixões é uma infraestrutura com um serviço de excelência que, apesar da suspensão de movimentação de petróleo, continua a revelar uma admirável performance na generalidade dos segmentos de carga” afirma a APDL.

 

Viana do Castelo cresce 5,5% em ano de pandemia

Em 2021 registou-se um acréscimo de 5,5% no movimento de mercadorias no Porto de Viana do Castelo, ascendendo a cerca de 377 mil toneladas, cerca de mais 20 mil toneladas do que no período homólogo de 2020.

O grande impulso deve-se maioritariamente ao comportamento dos granéis líquidos, que no ano em análise, registaram um acréscimo homólogo de 30,2%, sendo que, também as tipologias de carga geral fracionada e granéis sólidos expressaram, respetivamente, incrementos de 3,2% e de 1,6 %.

Salienta-se ainda o comportamento positivo da exportação de equipamentos eólicos, que apesar de terem pouca expressão em termos de movimento de mercadorias, representaram um acréscimo homólogo de 25% no movimento de navios.

Entre as principais mercadorias movimentadas no Porto de Viana do Castelo destacam-se os produtos provenientes da fileira florestal, que continuam a ocupar um lugar cimeiro na exportação através desta infraestrutura portuária, seguindo-se a importação de produtos asfálticos e betuminosos, a exportação de minerais provenientes da indústria extrativa da região do Minho e a importação de cargas para utilização no processo produtivo da indústria cimenteira e de betão.

“Estes indicadores de movimento demonstram o compromisso do porto de Viana do Castelo com a dinamização económica da região onde está inserido, e a sua resiliência e capacidade de se responder positivamente, mesmo sob os efeitos provocados pela pandemia de COVID-19, cujo o impacto na atividade portuária foi muito expressiva” afirma a APDL.

No que diz respeito à Via Navegável do Douro, ao nível da movimentação de mercadorias, registou-se um decréscimo na ordem de 50%, com a movimentação de cerca de 20 545 toneladas, face às 41 mil toneladas movimentadas no ano anterior.

Espera-se que 2022 permita a retoma total da atividade da Via Navegável do Douro, continuando a APDL a investir na melhoria das condições e infraestruturas daquela unidade de negócio.