Nos próximos dias, o Porto de Leixões vai receber a maior draga do mundo, a Spartacus. Trata-se de uma draga CSD (cutter suction dredger – draga de corte e sucção) que vai efetuar trabalhos no âmbito da obra de prolongamento do quebra-mar exterior e das acessibilidades marítimas, que está a decorrer e que prevê a criação de condições de melhoria da segurança e preparação do Porto para a receção de embarcações de maior dimensão.

A Spartacus vai substituir a Meuse River TSHD, draga autotransportadora de arrasto e sucção, que fez a dragagem do material incoerente (areia, siltes e lodo). A CSD fará a dragagem do material rochoso.

A empreitada prevê a extensão do quebra-mar existente em 300 metros de comprimento. Para o efeito, vão ser realizadas dragagens, na bacia de manobra e canal de acesso ao porto. Dois afloramentos rochosos adicionais, que estão localizados a Este do canal de acesso, serão também objeto de intervenção.

A CSD, draga de corte e sucção tem a capacidade de dragar em continuo materiais com diferentes matrizes geológico-geotécnicas, desde argila, lodos, areia e rochas. A Spartacus tem uma potência total instalada de 44.180 kW, sendo incomparável em termos de taxas de produção, potência de bombeamento, capacidade de corte.

Trata-se de uma draga de alimentação sustentável, utilizando gás natural liquefeito (GNL), cumprindo os desígnios da APDL no que diz respeito à descarbonização e transição energética. Durante os trabalhos de dragagem, serão efetuados levantamentos batimétricos de progresso, de forma a monitorar os trabalhos. Todos os materiais vão ser motivo de análise prévia e conduzidos de acordo com as normativas legais.

A APDL, reforça que esta obra é de extrema importância para a segurança e aumento da competitividade do Porto. Vai permitir o acesso e operação de navios de carga de maior dimensão, tendo sido utilizado um navio de projeto de 300m de comprimento, 40,2m de boca e 13,7m de calado.

A obra apresenta um investimento de 147 milhões de euros, e dotará Leixões da possibilidade de receber mais de 70% da frota de navios mundial e continuar a servir a sua área de influência que abrange cerca de 14 milhões de habitantes. A obra, iniciada em maio de 2021, decorrerá até meados/finais de 2023.