BI, Business Intelligence, ou Inteligência Empresarial, contempla as actividades de recolha, armazenamento, e análise de informação (“data”) produzida no contexto da atividade empresarial e processos de execução. A terminologia BI é um termo lato que integra “data mining”, análise de processos, benchmark de performance e descrição analítica para identificar padrões, relações e tendências. Na prática são elementos que permitem (mais facilmente) tomar decisões, em particular se se fizer um bom uso de metodologias de visualização de informação (mapas, gráficos, classificação de famílias, cores, etc.).
O acesso à informação deve ser democrático e generalizado. As decisões podem ser de aplicação imediata e retorno imediato, ou dar origem a processos estratégicos de médio/longo prazo – ambos os cenários são relevantes em contextos adequados. A informação pode ser útil para um engenheiro de processo, um técnico de melhoria contínua, um responsável de compras ou o gestor de topo da empresa, dependendo da orientação da informação e do nível de aglutinação das métricas observadas. Em muitos casos a informação pode ser usada pelas equipas no terreno numa formulação de “gamification” que tem contornos extremamente interessantes, porque integram a esfera das soft skills, aprendizagem contínua, e o gosto pelos desafios e a auto-regulação.
Porque é que estou a introduzir este assunto? Porque vivemos numa época onde as tecnologias IoT permitem acesso franco e economicamente viável a estas tecnologias, e a informação pode estar a ser recolhida por dispositivos cuja função primária é completamente distinta.
Os wearables industriais da Thread in Motion incluem estas capacidades, e constituem uma das features mais distinta, face ao que a concorrência pode produzir e oferecer aos seus clientes e utilizadores (na área dos leitores de código de barra). Na realidade, esta feature tem sido um “game changer” nas avaliações dos benchmarks dos nossos clientes, e em última análise, no valor acrescentado que produzimos para os mesmos.
Algumas notas finais. Sempre que temos acesso a informação relevante sobre o comportamento de um indivíduo temos a obrigação de manter o maior nível de privacidade, ética e seriedade/respeito, e os nossos softwares reflectem isso. Ainda assim, os benefícios criados pelo acesso a “big data”, “data mining” e aos “dashboards” são tremendos, pela facilidade com que nos permitem observar caminhos para melhoras as nossas operações.
A tecnologia existe, se quer usar ou não, é uma decisão sua.
Pedro M. Faria, Partner & Manager | Nostra Prius