Bruxelas assinou um contrato com a farmacêutica espanhola Hipra para receber até 250 milhões de vacinas para o combate do vírus Covid-19 neste outono. Esta contratação pública contou com 14 Estados-membros da União Europeia e países parceiros.

Segundo o executivo comunitário, a Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA) da Comissão Europeia “assinou um contrato-quadro de contratação pública conjunta com a empresa Hipra para o fornecimento de uma vacina à base de proteína contra a Covid-19”.

Já Bruxelas, afirmou, que 14 Estados-membros da União Europeia e países parceiros participam nesta contratação pública conjunta, “ao abrigo da qual podem adquirir até 250 milhões de doses” de vacinas, apesar de não especificar as suas entidades.

“Uma vez que o número de casos está novamente a aumentar na Europa, este acordo disponibilizará rapidamente a vacina Hipra aos países participantes, logo que esta tenha sido objeto de uma avaliação positiva pela Agência Europeia de Medicamentos [EMA]”, sendo que a mesma já aprovou os ensaios clínicos, avança a instituição.

O regulador da UE informou, também, que o seu comité de medicamentos humanos começou uma análise contínua da vacina anti-Covid-19 da Hipra, destinada a adultos (com mais de 16 anos) que tenham sido vacinados com outros fármacos, funcionando assim como um reforço.

A decisão de iniciar esta revisão contínua, segundo a EMA, teve como base os “resultados preliminares de estudos laboratoriais – dados não clínicos – e estudos clínicos em adultos”, comparando a resposta imunológica à vacina “medida pelo nível de anticorpos contra o SARS-CoV-2 – com a verificada com a vacina contra o mRNA Comirnaty” e que se demonstrou bastante eficiente face a variantes, como por exemplo, a Ómicron.

Esta vacina será armazenada a uma temperatura de refrigeração entre dois a oito graus centígrados, de modo a facilitar o armazenamento e a sua distribuição, tanto na Europa como a nível mundial.

Assim, este contrato é mais um passo para uma variada carteira de vacinas da UE, da qual fazem parte as empresas AstraZeneca, Sanofi-GSK, Janssen, BioNtech/Pfizer, Moderna, Novavax e Valneva, sendo asseguradas, de acordo com Bruxelas, cerca de 4,2 mil milhões de doses ao abrigo da estratégia da UE.

É de referir ainda que “os países participantes poderão doar vacinas a países com rendimentos baixos e médios ou redirecioná-las para outros países europeus”.