Mariano Rajoy, Primeiro-ministro espanhol, juntou-se a António Costa e à Comissão Europeia dos Transportes em Elvas para assinarem o lançamento da obra da ligação ferroviária Évora-Elvas e das obras de modernização do troço Elvas-Caia, que fazem parte do plano Ferrovia 2020.

A ligação entre Évora e Elvas era a negociação que se encontrava em falta para a ligação do Corredor Internacional Sul, entre Porto de Sines e Caia, em Espanha, e daí ao resto da Europa. É um investimento que custará mais de 500 milhões de euros, quase metade deles provenientes de fundos europeus, para os cerca de 80 quilómetros de linha. As obras estão previstas para terem início até Março de 2019, e estando o seu término previsto para o primeiro trimestre de 2022.

Já as obras de modernização do troço Elvas-Caia terão início já esta semana, que de acordo com os dados do executivo comunitário, irão ter um custo estimado em quase 400 milhões de euros (56% desse custo suportado pelo apoio da União Europeia). A comissária europeia dos Transportes, Violeta Bulc, destaca a importância que esta obra terá para Portugal, por lhe permitir “desenvolver a sua rede de transportes e ligar-se juntamente com Espanha ao resto da Europa”.

António Costa realça a importância da união entre Portugal, Espanha e o resto da Europa: “Este é, por isso, um investimento que traduz verdadeiramente aquilo que é o espírito europeu: unir o que está separado, reforçar a competitividade no mundo global, melhorar a coesão interior, porque sabendo que crescendo cada um, ajudamos todos a crescer”. Mariano Rajoy também apoia a ideia defendida pelo Primeiro-ministro português e considera que estas obras ferroviárias “contribuirão para ligar e aproximar ainda mais as nossas sociedades”, acrescentando que esta ligação irá “unir os nossos cidadãos e melhorar o seu quotidiano”.

Ao completar a ligação ferroviária, do porto de Sines a Caia a capacidade de transporte e carga de mercadorias do porto português para o mercado europeu duplicará. Dias antes de se deslocar a Portugal, a comissária explicou que “faltava este troço para colocar Portugal a bordo” do mercado único europeu.