As perspetivas de exportação de grãos e oleaginosas dos EUA começaram a piorar nas últimas semanas, mas as pesadas compras de milho pela China e até mesmo alguns negócios de soja de safra antiga têm rejuvenescido o mercado dos EUA.
O Departamento de Agricultura dos EUA anunciou o seu terceiro acordo consecutivo de vendas de milho da safra antiga dos EUA para a China, totalizando 1,92 milhões de toneladas em três dias. Esta é a primeira vez que as vendas de milho para a China aumentam em dias consecutivos desde maio de 2021.
No entanto, a análise dos números mostra que pode haver espaço para ainda mais negócios de milho da safra antiga dos EUA para a China, mas o resultado dependerá fortemente da próxima safra do Brasil e do futuro dos embarques da Ucrânia. O Brasil parou temporariamente de exportar milho para a China, tendo enviado 2,2 milhões de toneladas entre novembro e fevereiro, incluindo apenas uma carga nesse último mês. Já durante o mesmo período, a Ucrânia enviou 3,3 milhões de toneladas de milho para a China. Atualmente, o país oferece apoio à extensão do acordo de grãos do Mar Negro, reconhecendo a importância da Ucrânia nas importações de grãos da China.
A contar receber uma grande safra brasileira de milho de segunda época no quarto trimestre do ano, a China comprou pelo menos 1,5 milhões de toneladas para embarques a partir de julho, o que pode reduzir as suas importações de milho dos EUA, desde que a colheita do Brasil seja bem-sucedida e que os agricultores realizem as vendas necessárias.
As vendas da nova safra dos EUA para a China totalizaram as 722.000 toneladas na semana passada, uma queda significativa em relação às mesmas datas de 2022 e 2021, já que a demanda por feijão dos EUA geralmente diminui à medida que a temporada do Brasil aumenta. No entanto, as vendas de sorgo dos EUA subiram para 293.301 toneladas, graças às recentes encomendas feitas pela China e a maior compra semanal do ano realizada por alguns compradores desconhecidos.
Vale a pena lembrar que a China é o principal destino do sorgo dos EUA, mas que a entrega de uma safra em más condições no ano passado fez com que o número de exportações diminuísse em 70%.