Os 30 anos de operação da UPS em Portugal foram o momento escolhido pela empresa para dar a conhecer o seu mais recente investimento no nosso país: a requalificação do Brokerage Business Center, no Porto. O prestador global de serviços logísticos norte-americano deixou claro que está para ficar, quer continuar a ser o parceiro de eleição na exportação do “Made in Portugal” e mais investimentos se seguirão, porque a Península Ibérica tem um papel importante na rede europeia da UPS.

Em conferência de imprensa, Romina Lorenzo, a country manager da UPS para Portugal e Espanha, sublinhou que “os mercados português e ibérico são muito importantes para a UPS, como parte integrante da nossa rede de operações europeia. A nossa equipa, de mais de 280 pessoas em Portugal, permite-nos entregar o que importa, dentro dos prazos e com uma qualidade de serviço líder no setor, ajudando as empresas a crescer a nível internacional”.

O Brokerage Business Center, instalado no Porto, encarrega-se de procedimentos de importação e exportação, um dos objetivos fundamentais do compromisso da UPS para com o tecido industrial, seja ele composto por grandes ou pequenas e médias empresas, ajudando-as a crescer através da exportação.

Inicialmente, em 2021, aquelas novas instalações na Cidade Invicta foram projetadas para acomodar 38 funcionários. Atualmente são mais de 100 os profissionais de corretagem que integram a equipa que dá apoio e suporte ao mercado português e espanhol, auxiliando os clientes da UPS na verificação de documentação, coordenação do desalfandegamento, pagamento de impostos e todo o tipo de operações relacionadas com os movimentos do comércio internacional de mercadorias.

Ao longo do tempo, a UPS tem testemunhado um crescimento constante e estável das exportações. Nos últimos 10 anos, o volume médio diário das exportações na Europa mais do que duplicou e esta constitui uma importante porta de entrada para o comércio entre os mercados tradicionais e emergentes. O Brexit impulsionou bastante todas as atividades ali desenvolvidas, já que é a partir daquele centro na cidade do Porto que a equipa da UPS trata, por exemplo, de todos os processos de “tramitação administrativa, agindo em nome do cliente para pagamento dos impostos quando as mercadorias entram na União Europeia”, explica Sandro Pinto, responsável pelo escritório em Portugal.

“Há muitas oportunidades em Portugal e em Espanha. Nos primeiros dois meses de 2023, o volume de encomendas expedidas aumentou 12,7%, face ao mesmo período de 2022, e o número de declarações aduaneiras cresceu 18,9% no mesmo período“, sublinhou ainda. Não menos importante é o facto do centro estar operacional 24 horas por dia. “Só não há ninguém a trabalhar das 18h de sábado até às 23h de domingo”, esclarece o responsável nacional.

30 anos depois de ter chegado, a UPS dispõe no nosso país de dois centros operacionais para pequenas encomendas, uma solução de gestão da cadeia de abastecimento com mais de 17.000 m² de espaço de armazenagem, o Brokerage Business Center do Porto, e mais de 470 localizações UPS Access Point, que oferecem uma alternativa flexível no segmento B2C para o levantamento de encomendas. Já no B2B, o crescimento também têm sido assinalável, assim como o alargamento dos segmentos de atuação, pelo que a UPS conta atualmente “com clientes em setores tão diversos como o têxtil, o calçado ou o automotive”, sublinha Sandro Pinto.

Embora com pouca expressão em Portugal, a área farmacêutica e de healthcare tem um papel preponderante no universo UPS, como o operador teve oportunidade de evidenciar no processo de distribuição de vacinas durante a pandemia. De realçar que já em 2022, a empresa comprou o operador Bomi Group, reforçando a sua rede logística, ao acrescentar ao portefólio da UPS Healthcare novas instalações de temperatura controlada em 14 países e, entretanto, em janeiro de 2023 a UPS inaugurou em Madrid um dos maiores armazéns do setor farmacêutico na Europa e que envolveu um investimento de 18 milhões de euros.

Embora sem detalhar, Romina Lorenzo e Sandro Pinto asseguram que 2023 será um ano de investimentos a nível ibérico para a UPS. Certo, no imediato, é a aposta do operador em fontes de energia alternativa nas suas operações e instalações. Em termos de distribuição e entrega, a tendência vai para uma frota cada vez mais amiga do ambiente, pelo que não é de estranhar que em cidades como Lisboa, Porto ou Aveiro, para encomendas mais pequenas, as carrinhas castanhas e douradas deem lugar a veículos mais pequenos, de duas rodas, e verdes.