Muito se fala atualmente no mundo sobre a tal da logística inversa, mas do que se trata mesmo?

Entende-se por logística inversa, os processos de coleta, transporte e recuperação de produtos, embalagens ou materiais descartados, com o objetivo de reciclagem, reutilização ou descarte apropriado. Me lembro claramente quando fui abordado por uma associação de Logística inversa no início dos anos 2000, naquela época pouco se falava disso no mundo, mas como em todo o início, o assunto principal era o descarte apropriado dos insumos resultantes da logística e não se falava de reaproveitamento, reciclagem e outros re(s).

Portugal sendo um país inserido no contexto da União Europeia tem que sempre estar atento as tendências de futuro para o setor de embalagens para atender as demandas da Logística Inversa.

Eis algumas tendências que já podemos ver e analisar.

Digitalização e automação – A implementação de tecnologias digitais e sistemas automatizados pode melhorar a eficiência e a precisão da logística inversa, desde o rastreamento e monitorização de embalagens até à gestão de inventário e roteamento de transporte inverso.

Colaboração entre empresas – Parcerias estratégicas entre empresas ao longo da cadeia de suprimentos podem facilitar a partilha de recursos e conhecimentos, bem como otimizar os processos de logística reversa. Isso pode incluir a colaboração em sistemas de recolha e reciclagem, bem como o compartilhamento de melhores práticas.

Inovação em embalagens sustentáveis – O desenvolvimento de embalagens eco-friendly e facilmente recicláveis pode contribuir para a redução do desperdício e a melhoria da logística inversa. A utilização de materiais biodegradáveis e a implementação de designs inovadores podem facilitar a reutilização e a reciclagem das embalagens.

Envolvimento do consumidor – Estratégias de engajamento e consciencialização do consumidor são essenciais para o sucesso da logística inversa. A educação sobre a importância da devolução adequada das embalagens e a promoção de incentivos para a participação dos consumidores podem aumentar a adesão e o retorno das embalagens.

Alguns grupos de renome no país já adotam algumas ou todas essas medidas no intuito de tornar a economia circular e contribuir para o desenvolvimento sustentável. É sempre muito importante considerar as peculiaridades do mercado português, as características da cadeia de suprimentos local e as  regulamentações específicas relacionadas à gestão de resíduos e logística inversa em Portugal.

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O autor escreve segundo a grafia do português do Brasil