A EMONS é um operador logístico, estabelecido no mercado alemão, que está a apostar na sua internacionalização. Já tem presença na China, Estados Unidos da América, Suíça, Itália, República Checa, Eslováquia, Roménia, Bulgária e, desde março de 2022, também em Portugal. Após cerca de um ano, procuramos saber como tem sido a aceitação do mercado e o que se perfila para o futuro da EMONS em território português.

Pedro Sampaio, managing director da EMONS Portugal, indica que o mercado ibérico é estratégico para a operação da empresa, ainda que a oportunidade tenha surgido primeiro com o mercado português. “Neste momento estamos a operar no produto terrestre, mas a médio-prazo passaremos a ter outros, como air, sea e contract logistics”, garante.

Quanto à aceitação do mercado português, o managing director caracteriza-a como “acima do expectável” o que, mais tarde, se tornou numa “tempestade perfeita”. Houve clientes que procuraram os serviços da EMONS durante os primeiros três meses, em que o negócio ainda se encontrava numa fase precoce, e ainda não estavam todas as condições reunidas para avançar. “Nós só trabalhamos com clientes se tivermos condições para o fazer. Há essa honestidade da nossa parte”, assume Pedro Sampaio. Ainda assim, assegura que “conseguimos, com muita resiliência ultrapassar todos esses obstáculos”, tendo começado a estabilizar a partir de setembro de 2022.

Este é um mercado onde já existem vários players, por isso, as novas empresas devem procurar estratégias para fazerem a diferença. Na visão da EMONS Portugal, destacam-se por fazerem “o fato à medida do cliente”. Procuram ter soluções personalizadas, bem como providenciar um acompanhamento cuidado ao cliente. Por outro lado, também evidenciam a importância dos fornecedores nesta relação com o cliente. “Os fornecedores têm o que nós necessitamos, e é isso que vamos oferecer ao cliente. Portanto, esta simbiose é muito importante”, afirma o managing director.

Pedro Sampaio aponta a fragmentação do mercado como “o grande desafio do produto terrestre”. “Há players a mais. Muitas vezes não são só os transitários a concorrer entre si, como os próprios transportadores a entrar nesse nicho”, explica. Os próprios clientes também são afetados por fatores externos, e têm a necessidade de controlar os custos. “Temos de ter soluções alternativas para podermos ser competitivos para os clientes”, indica.

Passado mais de um ano, a empresa está firmemente estabelecida em Portugal, e Pedro Sampaio revela-se satisfeito por todo o comprometimento da equipa. “Há que agradecer a toda a equipa, aos fornecedores, aos clientes, e à EMONS que apostou em nós e acreditou que havia potencial”, conclui.