Salamanca está a construir um Porto Seco, que se encontra agora a 12% da sua execução, a fim de potenciar a economia não só da cidade, mas também da província. Espera-se ainda que seja um ponto de referência para o transporte de mercadorias a nível da Península Ibérica, bem como da Europa, avança o jornal La Gaceta.

Espera-se que a implementação do Porto Seco seja uma mais-valia para o setor dos transportes e logística de Salamanca ao abrir a possibilidade de transportar mercadorias por caminho de ferro a partir da zona de Peña Alta, e que permitirá a passagem de stocks de transporte rodoviário para o ferroviário, através da linha que liga a província a Portugal, aos portos marítimos de Aveiro e Leixões. De um modo geral, a plataforma poderá vir a ser um anexo aos portos portugueses a mais de 300 quilómetros.

Nesta fase da obra, já é possível observar-se o muro que está a ser construído paralelamente à estrada para Portugal, que servirá para conter o terreno onde serão construídas três das cinco vias da plataforma intermodal, nomeadamente a de carga e descarga e duas de receção e expedição de mercadorias, que serão eletrificadas.

Alguns estudos de mercado apontam que o Porto Seco terá capacidade para captar 30% das exportações de Castela e Leão, e 22% das importações, pelo que, poderá tornar-se um ponto de referência para o transporte de mercadorias não só na Península Ibérica, como para o resto da Europa, uma vez que estará incluído na Rede Transeuropeia de Transportes, e faz parte do Corredor Atlântico.

Contudo, o governo espanhol ainda não deu o impulso definitivo à eletrificação da via.