O novo estudo da Ivalua indica que mais de metade dos processos de compra e gestão de fornecedores ainda têm de ser digitalizados. As equipas de procurement estimam que estão a gastar mais de um quinto do seu tempo anual a lidar com processos manuais e em papel.
Metade dos líderes de procurement (50%) consideram que a taxa de digitalização na área das compras é demasiado lenta, enquanto que 47% indicam que os atuais sistemas de compras não são flexíveis o suficiente para acompanhar a constante mudança e lidar com a incerteza económica e de mercado.
A falta de digitalização tem gerado ineficiências na área de procurement, tais como a limitada capacidade das empresas para tomar decisões informadas a respeito dos seus fornecedores (47%), a incapacidade de enfrentar a inflação crescente (46%), e a difícil tarefa de manter ou atrair talento.
O estudo aponta que 85% das organizações já implementaram ou planeiam implementar análise de dados na função de procurement e gestão de fornecedores. Por sua vez, no que diz respeito a tecnologias como Inteligência Artificial (IA) ou Machine Learning, 63% indicam já as terem implementado, ou pretendem fazê-lo. No entanto, apenas 30% dos inquiridos referem estar “muito confiantes” relativamente à qualidade e acessibilidade dos dados dos seus fornecedores no que diz respeito a suportar um procurement eficiente.
“IA pode ser o catalisador de transformação na área das compras, com claros use cases para processamento de dados, automação, criação de insights e estratégias para aprimorar as operações de procurement e de supply chain”, afirma Alex Saric, smart procurement expert da Ivalua, no entanto, acrescenta que “dados de baixa qualidade limitarão os insights produzidos por IA. As organizações precisam de dar os primeiros passos antes de começar a correr, e isso começa com a digitalização”.
Para o estudo participaram 850 líderes de procurement do Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha, França, Suécia, Países Baixos e Itália.