Através do projeto Seed the Future, o departamento de supply chain da Sogrape, alcançou um marco importante na sua caminhada em direção a um futuro mais sustentável, nomeadamente através de uma redução significativa da pegada de carbono na distribuição dos seus vinhos. Para alcançar essa conquista, a Sogrape manteve-se em permanente contacto com os seus clientes, um fator fundamental para o sucesso da iniciativa.
Em 2021 nasce o Seed the Future, o Programa Global de Sustentabilidade criado pela Sogrape, que reúne os esforços prestados na área da sustentabilidade nas várias unidades de negócio do grupo em todo o mundo. Fornece ainda “uma estrutura que permite concentrar os nossos esforços no sentido de garantir que contribuímos, ativamente, para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)”, conta Mafalda Guedes, head of Corporate Communications & Sustainability da marca, à Supply Chain Magazine.
Em 2023 foi desenvolvido um projeto para calcular a pegada de carbono ao nível das encomendas dos clientes da empresa para que, em conjunto, pudessem aplicar medidas para reduzir o impacto das emissões de CO2. Uma delas passava pela análise de rotas e meios de transporte utilizados, de modo a equacionar as tradicionais rotas e meios de transporte “partindo quase de uma folha em branco”, assume.
Após uma “análise estratégica e proativa” das rotas de distribuição, e através de um “esforço conjunto entre clientes e transportadores”, a Sogrape conseguiu avaliar emissões, custos e lead times, e diminuir em 70% as emissões de carbono do transporte de mercadoria entre Portugal e Itália. “Conseguimos melhorar as emissões de CO2, com o mesmo custo e um ligeiro aumento de lead time, que facilmente é recuperado com um planeamento mais colaborativo entre a Sogrape e o cliente”, indica Mafalda Guedes. Para a Sogrape, esta conquista significa “que estamos a dar passos sólidos neste nosso objetivo de abrirmos caminho para um planeta mais saudável, em colaboração com os nossos clientes, e que é possível compatibilizar objetivos económicos e ambientais”.
Ainda assim, o caminho não foi todo plano. Apesar de o principal objetivo da empresa ter sido a redução da pegada de carbono, houve dois compromissos que não puderam descurar: lead times e custos. “Vivemos num mundo competitivo, cada vez com mais exigências dos consumidores que pretendem um melhor planeta, mas também produtos disponíveis no menor espaço de tempo e ao menor custo. Importa referir que quando falamos em sustentabilidade temos de cobrir também as vertentes social e económica”, explica.
“Conseguimos melhorar as emissões de CO2, com o mesmo custo e um ligeiro aumento de lead time, que facilmente é recuperado com um planeamento mais colaborativo entre a Sogrape e o cliente”
Assim, indica que um dos principais desafios passou por conciliar estas três vertentes: pegada de carbono, custos e lead times. “A este desafio podemos acrescentar o facto de termos clientes com Incoterms em que a responsabilidade do transporte não é da Sogrape, pelo que, este trabalho teve de ser colaborativo entre a Sogrape e os clientes. Sentimos que há uma preocupação geral com as questões de sustentabilidade e a nossa proximidade com os clientes foi uma vantagem”, confessa.
Pode ler o artigo completo na edição #48 da SCMedia News.