A Monte e Freitas, empresa portuguesa que atua na área de consultoria para a redução de custos das empresas, partner da Expense Reduction Analysts (ERA) – Europe, anunciou a expansão das suas operações para Espanha, passando a operar na totalidade do mercado ibérico. Em entrevista à Supply Chain Magazine, Sara Monte e Freitas, partner da empresa, conta-nos quais as expectativas para este novo mercado e como poderão aportar valor para as empresas a nível ibérico.

Fundada em 2019 por Sara e Vasco Monte e Freitas, partners da empresa, a Monte e Freitas conta já com uma vasta experiência no mercado ibérico, sendo que nestes cinco anos de atividade tiveram contacto não apenas com empresas portuguesas, mas também com empresas espanholas, passando a conhecer melhor as suas dificuldades e necessidades, o que tornou a entrada no mercado muito mais natural. “Com o track record que conseguimos, desde a criação da Monte e Freitas, havia que lançar novos desafios e objetivos”, comenta Sara Monte e Freitas.

Enquanto partners da ERA, no ano passado receberam o “Prémio Diamond Level”, que reconhece os maiores partners da rede ERA, um prémio que já conquistaram anteriormente. Em 2020, no primeiro ano de atividade, foram reconhecidos como “The Best Newcomer EMEA”, e em 2021 com o prémio de “Top EMEA Client Acquire”.

— Expansão além-fronteiras —
“A proximidade geográfica, cultural e empresarial (há muitas empresas com dimensão ibérica e, outras, multinacionais que têm a ibéria como uma região), gera um potencial de mercado e crescimento cinco vezes maior que o português”, afirma, considerando que se trata de “um desafio ao qual uma empresa com as competências, know-how e sucesso comprovado como a nossa, não pode ficar indiferente”.

A responsável conta que encaram este novo desafio com grandes expectativas, e conta que veem um “grande potencial para expandir o nosso negócio e aplicar o nosso conhecimento, principalmente na vertente de consultoria logística, dada a interligação e interdependência destes dois mercados neste setor”.

Muitas das empresas que são o seu target têm cada vez mais uma dimensão ibérica, com decisores comuns entre os dois países, o que permite que trabalhem com um cliente de forma integrada, maximizando poupanças e gerando economias de escala.

Enquanto partners da Expense Reduction Analysts (ERA), o mercado espanhol não é novo, sendo que a rede já trabalha este mercado há mais de 20 anos, contando com uma estrutura orgânica de mais de 70 pessoas, no entanto, a Monte e Freitas será a primeira “ponte ibérica” entre os dois países, no universo ERA.

Ao mesmo tempo, poderão também usufruir da experiência do grupo neste mercado, e dos colaboradores seniores “e altamente especializados nas suas áreas de prática”, que há mais de duas décadas estão integrados no mercado, em áreas como o packaging, telecomunicações, logística, energia, facility services, IT ou segurança, entre outras. O facto de trabalharem em network e de terem disponíveis, em cada projeto, esta equipa de profissionais, “dá-nos a confiança de termos os melhores analistas do mercado, com um conhecimento profundo do negócio e das categorias de custo que trabalhamos”, destaca a responsável.

 

“Trazemos uma visão integrada de união e de trabalho entre empresas que estão em Portugal e Espanha e nos negócios que se fazem e se estabelecem nestes dois países. Estamos apostados em trazer ao Grupo, aos negócios e às empresas melhorias significativas de custos e ganhos de eficiência.”

– Sara Monte e Freitas.

 

— Diferenças de mercado —
Sara Monte e Freitas conta que tanto os partners como os analistas especializados são profissionais seniores que trabalham com empresas ibéricas e com portuguesas com relações empresariais com Espanha. “Conhecemos bem ambos os mercados e as diferenças empresariais, culturais, económicas, legislativas, financeiras e muitas outras, entre Portugal e Espanha”, afirma Sara Monte e Freitas, “esse asset foi, precisamente, um dos motivos pelos quais decidimos apostar no mercado espanhol”.

Não sendo um mercado novo e estranho, sentem que se trata de uma “segunda casa”, onde os partners da Monte e Freitas já contam com 15 anos de experiência a trabalhar com e para Espanha. “Permitiu-nos ganhar muito conhecimento, relações profissionais e pessoais, ativos muitos importantes neste momento”, afirma a partner, “as diferenças são poucas e mais regionais, diria. Espanha tem realidades empresarias distintas entre Madrid, Barcelona ou Bilbao, por exemplo”.

— Desafios —
O principal desafio que antecipam é a concorrência, pois “ao contrário de Portugal, em que as empresas que trabalham redução de custos e eficiência logísticas são poucas e com menor dimensão, em Espanha, temos inúmeras empresas concorrentes com dimensões iguais ou maiores que a nossa”, mas mantêm-se seguros de que levam valor acrescentado para o mercado espanhol, e que estão “prontos a desafiar o mercado e superar pela qualidade e entrega”.

— Áreas e serviços —
As principais áreas em que irão focar-se será na redução de custos nas principais categorias, como a energia, embalagens, telecomunicações, seguros, limpeza, custos bancários, segurança, gestão de frota, combustíveis, entre outras. Ao todo, serão cerca de 40 categorias.

Para além da redução de custos, também irão trabalhar a eficiência logística entre os dois países, pois acreditam existir uma grande oportunidade de colaboração entre as empresas, no sentido de reduzirem e otimizarem custos de transporte e logística. “Temos a convicção profunda que, das milhares de ligações logísticas que se fazem todos os dias entre os dois países, existe uma oportunidade gigante de melhoria em transportes, stocks, rotas e parcerias mais eficientes, resultando tudo isto também numa redução da pegada ecológica em Portugal e Espanha”, afirma Sara Monte e Freitas.

— Apoio às empresas —
A partner da empresa conta que o processo inicia-se com uma análise detalhada de todos os custos da empresa, de modo a identificarem áreas onde possam ser feitas reduções. “Validamos contratos, tarifas, acordos comerciais, propostas e procuramos alternativas, quer em consultas ao mercado, quer na negociação com os fornecedores atuais dos nossos clientes”, explica, “muitas das soluções passam pela melhoria e ganhos de eficiência com os fornecedores atuais ou por estratégias de compra diferentes das habituais”.

Feita esta análise, são apresentadas alternativas com custos menores, diferentes ou disruptivas, mas a decisão fica sempre do lado do cliente, responsável apenas por escolher a opção que considera mais vantajosa para o seu negócio e para a sua empresa. “Somos analistas que procuram soluções otimizadas e sustentáveis. Não menos importante, é mantermos o nosso trabalho com os clientes durante dois anos, período no qual monitorizamos se estas poupanças estão a ser capturadas e que os níveis de serviços se mantêm”.

 

“Não nos limitamos a entregar poupanças. Garantimos que se implementam e fazemos a monitorização.”

– Sara Monte e Freitas

 

— Expectativas para o futuro —
“Sabemos que 2024 vai ser desafiante, mas não muito diferente dos anos anteriores”, antecipa a partner da empresa, olhando para os recentes eventos como a pandemia global, a guerra na Europa, e a recente crise no médio oriente e todas as suas repercussões. “Continuaremos a ter mudanças políticas e comerciais. As empresas devem estar preparadas para estes eventos geopolíticos, desastres naturais e pandemias, que continuam a representar riscos imprevisíveis para as cadeias de abastecimento globais”, afirma.

Uma questão importante que destaca é a colaboração entre as empresas, e em estabelecerem parcerias ao longo da cadeia de abastecimentos, o que “passa por incluir uma comunicação mais estreita e pela partilha de informação e de trabalho em conjunto para resolver desafios comuns”.

Sara Monte e Freitas considera ainda que “os produtos e os clientes vão ser cada vez mais personalizados e customizados e este fator vai trazer desafios extra na adaptação das cadeias de abastecimento”. Também nota que estes desafios estendem-se ainda à entrega, pois “os consumidores de casa, as mudanças de preferência, as inovações na entrega, a inteligência artificial, tudo isto terá, neste ano 2024, uma pressão extra”.

“Entendemos que também é neste contexto que a Monte e Freitas, com mais de 25 anos de conhecimento acumulado e com uma equipas muito sénior pode ser, e tem o comprometimento de ser uma empresa agregadora, acrescentando valor no ‘relacionamento’ do tecido empresarial ibérico”, conclui Sara Monte e Freitas.