As cadeias de abastecimento estão a enfrentar novas pressões para reduzir custos, o que afeta diretamente as operações de procurement das empresas. Enquanto isso, tanto consumidores como governos estão a aumentar esforços para adotar a sustentabilidade como uma mais-valia para os negócios, de acordo com a Supply Chain Brain.
No entanto, um novo estudo revelou que não é apenas uma parte significativa de líderes de procurement que estão a ignorar esforços de sustentabilidade, mas muitos nem sequer estão conscientes de que existem regulamentações relacionadas com estas práticas.
A Sedex, fornecedora de softwares de sustentabilidade, inquiriu mais de 250 líderes de procurement séniores em empresas norte-americanas, no final de 2023, e descobriu que 40% estão a ignorar a sustentabilidade nas suas operações de compras, e 37% indicaram desconhecer que a legislação relacionada com este tópico impacta, de facto, os seus negócios.
Maurizio Capuzzo, diretor de marketing da Sedex, refere que “estas descobertas são um alerta para que as empresas levem a sério o seu desempenho social e ambiental.” Acrescenta ainda que “a pesquisa da Sedex destaca a necessidade urgente de as equipas executivas realinharem os compromissos ESG com as metas operacionais para efetivamente incorporar práticas sustentáveis nas suas organizações”.
Estes dados surgem enquanto outras pesquisas, como “The 2024 Procurement Key Issues”, elaborado pelo The Hackett Group, indicam que a redução de custos é a principal prioridade para os profissionais de compras. Esta conclusão corrobora o estudo do Boston Consulting Group, que demonstra que 65% dos executivos estão a priorizar custos da cadeia de abastecimento e produção como alavancas para as organizações alcançarem economias de custo.
Enquanto as empresas procuram reduzir custos e se focam cada vez mais nas funções de logística e procurement, pode não ser uma surpresa que muitas delas não estão a considerar tópicos de sustentabilidade quando tomam decisões na área do procurement. O estudo da Sedex revela que 50% dos inquiridos “reconhecem que a sustentabilidade permanece em segundo plano, ou não é considerada de todo, para decisões de negócios em geral”.