Segundo um relatório da International Air Transport Association (IATA), em fevereiro a carga aérea manteve o forte crescimento que tem apresentado. Comparado com os resultados homólogos, a carga aérea, em carga toneladas-quilómetro (CTK) teve um aumento de 11,9%, e de 12,4% no caso das operações internacionais. Este é o terceiro mês consecutivo em que são verificados crescimentos a dois dígitos face aos anos anteriores.
A capacidade, em carga toneladas-quilómetro disponível (ACTK), aumentou 13,4% quando comparado com fevereiro de 2023, e 16% para as operações internacionais. A IATA destaca que este crescimento deve-se, em grande parte, ao aumento da capacidade internacional de passageiros (29,5%), que excedeu a capacidade internacional de expedidores em 3,2%.
Alguns fatores que a associação destacou foram:
- O aumento de 0,9% do comércio transfronteiriço mundial em janeiro;
- A subida do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria para 51,2 em fevereiro, indicando expansão. O PMI de novas encomendas de exportação também subiu para 49,4, permanecendo ligeiramente abaixo do limiar de 50 que indicaria crescimento;
- A descida da inflação para 2,8% na UE em fevereiro, em termos homólogos, em oposição direta às subidas para 2,8% e 3,2% no Japão e nos EUA, respetivamente. Após quatro meses de deflação, a China também relatou um aumento de 0,7% na inflação ano a ano – um desenvolvimento positivo com algumas preocupações com a desaceleração económica da China.
Willie Walsh, diretor-geral da IATA, destacou que “O crescimento da procura em fevereiro, de 11,9%, ultrapassou largamente a expansão de 0,9% do comércio transfronteiriço. Este forte arranque para 2024 poderá fazer com que a procura ultrapasse os níveis excecionalmente elevados do início de 2022. Demonstra igualmente a forte resiliência da carga aérea face às persistentes incertezas políticas e económicas”.
A nível europeu verificou-se um crescimento de 14,6% da carga aérea em fevereiro. No caso dos transportes de carga aérea intra-europeia o aumento foi de 24,5%, a maior performance em quase três anos. No caso das rotas entre a Europa e o Médio Oriente, as demandas cresceram em 39,3% em termos homólogos, enquanto entre a Europa e a América do Norte viu crescimentos de 5,2%. A capacidade europeia aumentou em 13,2%.