A utilização da Inteligência Artificial pela General Mills está a ajudar na evolução da sua cadeia de abastecimento de um modelo “design to value” para um modelo “sempre ligado”, que funciona de forma mais dinâmica do que episódica.

Utilizando conjuntos de dados melhorados no âmbito do aprovisionamento para desenvolver modelos que identificam a diferença de custos nos ingredientes e materiais de embalagem, partilhou Paul Gallagher, diretor da cadeia de abastecimento da General Mills, num podcast recente da Gartner, as análises, que utilizam algoritmos de IA generativa, registaram uma redução de mais de 30% do desperdício em áreas onde os dados foram implementados, o que levou a empresa a expandir o programa.

“A nossa nova realidade é que vemos esta abordagem sempre ativa a gerar valor incremental e a capacidade de reagir mais rapidamente [quando] temos perturbações nos fornecedores ou a dinâmica do mercado muda.”, disse Gallagher.

No sector da logística, a empresa lançou o produto ELF (End to End Logistics Flow) no ano passado, que utiliza a inteligência artificial para melhorar a execução da cadeia de abastecimento. Desenvolvido em parceria com a Palantir, o ELF procura apoiar a transparência da cadeia de abastecimento de ponta a ponta, através do processamento dinâmico de encomendas, e é otimizado através de uma série de dados que incluem custos, condições meteorológicas, prazos dos clientes e emissões de gases com efeito de estufa.

A utilização começou no negócio de alimentos humanos da General Mills nos Estados Unidos, que recebe cerca de 3.000 encomendas por dia. Nos primeiros seis meses, a tecnologia resultou em cerca de 400 recomendações às equipas, 70% das quais foram automaticamente aceites. Isto está a traduzir-se em dezenas de milhares de dólares de benefícios diários, segundo Gallagher.

É que as decisões que costumavam demorar um dia, agora, demoram um minuto: “O que estamos a ver é que estamos a passar de um mundo em que as pessoas tomam essas decisões com o apoio de máquinas para um mundo em que as máquinas tomam a maioria das decisões que são orientadas pelas pessoas. E é nesta execução inteligente em escala que estamos a ver os benefícios na nossa cadeia de abastecimento”.