A Crédito y Caución e a Iberinform impulsionaram o Estudo de Gestão de Risco e Crédito em Portugal, que revela que os prazos de pagamento em 2024 registaram uma melhoria significativa face a 2023.

Segundo os dados apurados a partir de 300 gestores de empresas de todas as dimensões e setores, 64% das empresas operam já com prazos inferiores aos 60 dias previstos no Decreto-Lei n.º 62/2013 de transposição da Diretiva Europeia de medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais. Contudo, apenas 25% conseguiram reduzir esse prazo para os 30 dias indicados na nova proposta de regulamento da Comissão Europeia. Ainda assim, cerca de 10% do tecido produtivo trabalha com os seus clientes com prazos acima dos 90 dias.

Por sua vez, 62% das empresas têm de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados para poderem manter as suas carteiras de clientes nas operações B2B. A capacidade de profissionais independentes imporem prazos de pagamento reduziu-se a 18%.

No caso das PME’s e das Grandes Empresas esse valor situa-se nos 33%. Desde a pandemia que a imposição de prazos mais longos por parte das PME’s tem sido progressivamente reduzida.

Problemas financeiros nos seus clientes é um dos desafios apontados por 59% das empresas, nomeadamente a falta de liquidez, atraso intencional, a complexidade dos procedimentos de pagamento, a emissão de faturas incorretas ou as discrepâncias quanto à qualidade dos bens ou serviços fornecidos.

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