A Raida, uma start-up do Colorado (EUA), anunciou que pretende construir o maior avião de carga do mundo, o WindRunner. O avião terá um comprimento superior a um campo de futebol e como objetivo transportar pás eólicas de maiores dimensões, que devido às suas dimensões são difíceis de transportar pelo solo.

A empresa explica que torres eólicas com maiores pás podem gerar um melhor aproveitamento energético, devido à sua capacidade de captar melhor as velocidades de vento mais rápidas em maiores altitudes, mas que o transporte de pás eólicas de maiores dimensões é cada vez mais difícil conforme maiores forem.

Entre os principais obstáculos estão viadutos, rodovias, cabos energéticos, pontes ou túneis, criando desafios logísticos para o transporte de cada pá. A Radia explica que atualmente as estradas “mal conseguem suportar” pás de 230 pés (~70 metros), e que o desafio será cada vez maior, antecipando que estas atinjam dimensões superiores a 330 pés (~100 metros), tornando inviável o seu transporte com as infraestruturas atuais.

De acordo com o Gabinete de Eficiência Energética e Energias Renováveis dos EUA, “uma vez que esteja totalmente construída, uma pá não pode ser amachucada ou dobrada, limitando tanto a rota quanto as curvas que um camião pode fazer, sendo muitas vezes necessário fazer rotas longas para evitar bloqueios urbanos”.

Com o WindRunner, a Radia espera conseguir voar sobre essas barreiras, e avança em comunicado que a aeronave que pretende construir terá 356 pés de comprimento (108,5 metros), 261 pés entre as asas (79,5m) e 79 pés de altura (24 metros), o que dá cerca de 7.700 metros cúbicos de espaço de carga, podendo transportar até 72,5 toneladas.

Mark Lundstrom , CEO da Radia, afirmou em comunicado que “o resultado será energia eólica altamente eficiente em grande escala. Do ponto de vista dos negócios, isso significa que a taxa interna de retorno da indústria eólica onshore duplicará, atraindo muito mais capital para as energias renováveis”.

A start-up americana revela em comunicado que já se encontra a metade do processo de oito anos para desenhar, construir e certificar o WindRunner.