A DB Schenker e a Avolta fecharam o primeiro acordo na Península Ibérica para utilização de biocombustíveis marinhos no transporte de mercadorias entre a Europa e os Estados Unidos. Este é o primeiro contrato que a DB Schenker tem no mercado ibérico, e coloca a Avolta entre os pioneiros no transporte marítimo de baixas emissões.
Agora todos os contentores que a Avolta transporta com a DB Schenker nesta rota irão ter baixas emissões, devido à utilização de biocombustíveis marinhos à base de resíduos e de unidades adicionais desta fonte energética, de modo a obter uma compensação adicional das emissões de biocombustíveis a montante. Através da utilização de biocombustíveis marinhos, espera-se que sejam evitadas, anualmente, mais de 150 toneladas de emissões de CO2e Well-to-Wake, reduzindo as suas emissões de CO2 em até 84%. A Avolta irá ainda adquirir uma atribuição adicional de biocombustível para alcançar a neutralidade carbónica.
Por parte da DB Schenker, através do uso deste combustível não fóssil está a avançar no seu compromisso com o transporte sustentável e de baixas emissões. Miguel Ángel de la Torre, head of Ocean Freight da DB Schenker no Cluster Ibéria, destaca que “a nossa missão é ajudar, facilitar e orientar os nossos clientes na sua transformação para a sustentabilidade e, nesta ocasião, disponibilizamos este biocombustível para converter o seu transporte de mercadorias num transporte de baixas emissões. Desta forma, o nosso cliente Avolta não está apenas a liderar esta mudança e a contribuir para a redução das emissões, mas também a antecipar os novos regulamentos e benefícios associados que se irão reforçar nos próximos anos”.
Este e outros acordos que se esperam nos próximos meses entre as entidades devem-se ao compromisso do Grupo DB Schenker com a compra de biocombustível marítimo, que disponibiliza esta opção aos seus clientes por todo o mundo, caso os desejem utilizar nos seus transportes marítimos.
No comunicado, a DB Schenker explica que este combustível é conhecido como éster metílico (UCOME) e baseia-se em fontes renováveis e sustentáveis, principalmente óleo de cozinha utilizado. A sua aplicação será orientada pelo sistema “Book & Claim”, um conjunto de princípios que foram desenvolvidos através de um processo global com várias partes interessadas e validação por terceiros para garantir que a utilização deste modelo de cadeia de custódia tem total rastreabilidade e credibilidade, bem como um impacto climático demonstrável.
Isabel Zarza, CEO da Avolta para a Europa do Sul, considera que “estamos a dar um forte passo no sentido da descarbonização do nosso transporte marítimo e do transporte em rota. Este acordo representa o ponto de partida da transição para o biocombustível no transporte marítimo, o que contribuirá para descarbonizar as nossas emissões logísticas. O compromisso da nossa empresa com a sustentabilidade é forte e de longo prazo e, como prova disso, planeamos aumentar o volume de contentores transportados com biocombustível, fazendo avançar a indústria do transporte marítimo de baixas emissões”.
Até 2030, a Organização Marítima Internacional (OMI) exige uma redução de 40% dos gases com efeito de estufa (GEE), e que pelo menos 10% da energia utilizada no transporte marítimo provenha de fontes de energia nulas, com o objetivo de atingir zero emissões líquidas de GEE até 2050.