A Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) assinaram no início de junho, durante um encontro de alinhamento estratégico, um acordo de nível de serviço (SLA – Service Level Agreement) que irá permitir alcançar uma solução ferro-portuária competitiva e rentável para o Corredor Logístico de Maputo.
A assinatura do SLA enquadra-se no contexto do trabalho conjunto entre o CFM e o MPDC, com o objectivo de aumentar a carga ferroviária e melhorar o atual rácio entre rodovia e ferrovia.
Os indicadores acordados no SLA irão padronizar os serviços de carregamento e descarregamento de comboios/vagões e os serviços de transporte, nomeadamente, o tempo de trânsito, os tempos de permanência nas estações, na bossa e no porto, entre outros serviços que irão possibilitar uma logística eficaz e eficiente ao cliente.
O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do CFM, Agostinho Langa Juníor, referiu que os Planos de Investimentos do CFM e do MPDC devem estar alinhados, por forma a responderem à procura em termos de tráfego. “O investimento portuário que será feito nos próximos 25 anos, deve ter uma correspondência no investimento ferroviário. É preciso que fique claro que nunca será a rodovia a ter capacidade de fazer 40 milhões de toneladas. Tem de haver do lado terra, sobretudo do lado da ferrovia, a capacidade de fazer crescer o volume ferroviário”, explicou durante o encontro.
“A assinatura deste SLA surge na sequência do trabalho de integração de sistemas que originou o Rail2Port. Esta plataforma já está a permitir detetar ineficiências e agir imediatamente sobre elas”, explicou o Diretor-Executivo do MPDC, Osório Lucas. “O objetivo, afinal, é a satisfação do cliente e isso só poderá acontecer se o corredor for pensado como um todo e se se tornar cada vez mais competitivo”, afirmou.
Para melhorar o nível de fiabilidade, qualidade e segurança dos serviços prestados, o CFM e o MPDC irão continuar a investir na digitalização e melhoria dos seus processos operacionais, reduzindo, cada vez mais, a intervenção humana.