A “nova rota da seda”, entre a China e a Europa, conhece um período de pujança. Dados divulgados este mês pelo China State Railway Group, a empresa estatal ferroviária, indicam que, nos primeiros sete meses do ano, o transporte ferroviário de mercadorias entre as duas regiões cresceu 12% em volume de carga e 11% em número de comboios, face ao período homólogo.

Assim, de janeiro a julho, circularam 11.403 comboios, que transportaram 1,22 mil milhões de contentores TEU. Só no último dos meses em análise, operaram 1.776 comboios de mercadorias entre a China e a Europa, transportando produtos na ordem dos 185 mil TEU.

A propósito destes números, a empresa diz que está focada em melhorar a qualidade e eficiência dos serviços ferroviários expresso entre as duas regiões, de modo a manter a estabilidade e continuidade das cadeias de abastecimento internacionais.

Para o alcançar dá conta – citada por meios internacionais – de que tem adotado um conjunto de medidas, desde a melhoria das capacidades de transbordo nos portos de fronteira à promoção de um modelo aduaneiro mais rápido.

De acordo com a China Railway, estas medidas têm permitido ampliar a escala das operações. Atualmente, 17 comboios por semana ligam os centros de negócios de Chengdu, no sudoeste da China, e de Guangzhou, no sul, a Duisburg, na Alemanha, e a Lódz, na Polónia.

O crescimento do transporte ferroviário de mercadorias da China para a Europa mostra que a ferrovia pode ser mais competitiva do que a via marítima, sobretudo num quadro em que se mantém a chamada crise no Mar Vermelho.