A Yilport Aveiro alcançou um marco histórico ao receber o M/V Lowlands Engel no passado dia 9 de agosto, o maior navio que já atracou no Porto de Aveiro até à data. Este navio, construído em 2023, tem 183 metros de comprimento e 30 metros de largura, e transportou 35 mil toneladas de bobinas de aço desde a Turquia, tendo como cliente o Grupo Ferpinta.

A descarga das bobinas de aço foi prevista para ficar concluída em quatro dias, o que a empresa destacou ser acima dos ritmos habituais do mercado.

Apesar das restrições em termos de calado, boca e deslocamento do navio, a Autoridade Portuária (APA), o Departamento de Pilotagem, a Autoridade Marítima e a Yilport Aveiro conseguiram viabilizar a operação, tendo sido necessária uma preparação através da colocação de defensas, contratação de um rebocador externo ASD de 70 toneladas e uma coordenação detalhada com o comando do navio para ajustar os requisitos técnicos.

Paulo Sá, diretor geral da Yilport Aveiro, considerou que “este evento não só abre portas para a receção de outros navios de grande porte no futuro, como também reafirma a capacidade da Yilport Aveiro de se adaptar e inovar perante desafios, confirmando a sua posição como um game changer na gestão do terminal e nas operações portuárias. O compromisso do Grupo Ferpinta foi fundamental para o sucesso desta operação”.

O anúncio da empresa nota ainda que “desde 2022, o panorama das importações de produtos siderúrgicos mudou devido a questões políticas globais, redirecionando a origem desses produtos para o Extremo Oriente, abrangendo países como a Coreia do Sul, Japão e China. Esta alteração trouxe consigo novas exigências logísticas, incluindo a utilização de navios de maior porte para o transporte dessas mercadorias”, e que através desta atracagem, o Porto de Aveiro demonstra a sua capacidade em “superar as suas limitações dimensionais e em operar com segurança e eficiência, mesmo diante de desafios técnicos acrescidos”.

Através desta operação, o Porto de Aveiro e a Yilport Aveiro esperam receber mais navios de grande porte, “fortalecendo a logística da região, impulsionando o crescimento económico e promovendo a competitividade das empresas industriais”.

“Este recorde ficará registado na história do porto como resultado de um trabalho conjunto de sucesso”, conclui a empresa.