A fraude no procurement está no top 3 dos crimes económicos mais disruptivos a nível mundial, a seguir ao cibercrime e à corrupção, de acordo com o PwC Global Economic Crime Survey 2024.

De acordo com a consultora, é um facto que as empresas recorrem a processos avançados para gestão de dados e apoio ao sistema de compras e de pagamentos, mas estas mesmas tecnologias são também utilizadas pelos criminosos, em fraudes sofisticadas.

No levantamento que fez, a PwC identificou que 59% das empresas promoveram uma avaliação ao respetivo risco de fraude nos últimos 12 meses, enquanto outras 12% pretendem fazê-lo no prazo de um ano.

Cerca de um quinto das companhias não usa os sistemas de data analytics para identificar possíveis fraudes no procurement. Neste âmbito, as empresas de produção industrial são as que estão mais atrasadas. Pela positiva, o setor mais avançado é o da tecnologia, media e infraestruturas.

E 55% reportaram que a fraude no procurement é uma preocupação generalizada no respetivo país, ainda que apenas uma minoria recorra a ferramentas para a identificar e combater.

Além disso, muitas das empresas não estão conscientes da extensão das perdas em consequência da fraude no procurement: 32% não tentam quantificar esse prejuízo e 31% apenas o faz pontualmente.

À medida que as empresas se expandem para novos mercados ou contratam fornecedores em novos países, o risco aumenta, principalmente se a localização das operações estiver afastada dos centros educacionais.

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