A Adidas pretende retirar a China da sua lista de fornecedores, reduzindo a quantidade de produtos que são fabricados neste país asiático e depois exportados diretamente para os Estados Unidos.
Os planos foram enunciados pelo CEO da Global Brands, Bjorn Gulden, durante uma conferência online em que apresentou os resultados da empresa no primeiro semestre do ano.
Respondendo a uma questão da imprensa, afirmou: “Basicamente, tentamos não comprar mais produtos da China para os Estados Unidos.” “Os planos relativos à cadeia de abastecimento não envolvem a China”, acrescentou.
Perante um cenário de agravamento das taxas à importação de produtos chineses, afirmou que a Adidas está “em boa forma” se isso acontecer. “Temos muito trabalho feito nesse domínio. Não tem a ver diretamente com essa possibilidade, mas, de um modo geral, estamos atentos ao tipo de produção chinesa que entra no mercado americano”, afirmou.
Já na apresentação das contas do primeiro trimestre de 2024, o CEO da Adiadas havia afirmado que a empresa pretende tornar a cadeia de abastecimento mais local, “com os produtos vendidos na China a serem produzidos na China e os produtos para o mercado indiano a serem fabricados na Índia”. A localização – disse então – contribuirá para maior agilidade.
A Adidas possui 82 fábrica na China, responsáveis por cerca de 3% dos seus fornecedores de nível 1, constituindo a maior percentagem entre os países em que detém unidades de produção. Vietname e Índia são os seguintes. Os Estados Unidos representam 13 dos fornecedores de nível 1.