Dois mercados que estão a mexer com as exportações portuguesas de vinho são a Polónia e a Coreia do Sul, segundo avançou o AICEP, representando não só uma oportunidade para o mercado vinícola como também para os transportes.

A conclusão foi apresentada através de estudos do AICEP e do Bank of Korea. De acordo com o divulgado, estes dois mercados têm apresentado rápido crescimento recentemente, tendo a Polónia apresentado um crescimento médio anual de 6,6% nas suas importações de vinho, entre 2019 e 2023 (dados do Comtrade). Neste mercado, o preço das bebidas importadas também tem apresentado um crescimento substancial, com uma maior procura por vinhos italianos, franceses e alemães, mas onde os vinhos portugueses também têm vindo a crescer nos últimos anos.

Nos últimos 10 anos, Portugal tem sido o 6º maior fornecedor de vinhos à Polónia, com uma quota de mercado entre 6,3 e 8,6%, tendo em 2023 subido para a 5ª posição, com uma quota de 9,7%.

O estudo também indica que a cadeia de supermercados Biedronka, pertencente ao Grupo Jerónimo Martins, é a “líder incontestável” na importação de vinhos de Portugal.

No caso da Coreia do Sul, Joana Barros, comissária do AICEP em Seoul, apontou na revista Portugal Global que este mercado tem um potencial de crescimento para as exportações portuguesas de vinho, onde França e os EUA são os principais fornecedores, com quotas de 26,9% e 22,8%, respetivamente. No primeiro semestre de 2024, Portugal apresenta ainda uma quota de 1,6% de mercado, tanto em valor como em volume, (-0,1 e -0,3% do que no período homólogo, respetivamente).

“O vinho, em particular, poderá ser uma aposta vencedora para Portugal! À medida que aumenta a procura por produtos internacionais de qualidade, os vinhos portugueses têm potencial para se destacar e ter sucesso”, avançou o AICEP.