As empresas de grande consumo Nestlé e Procter & Gamble (P&G) anunciaram que estão a investigar as alegações de fornecimento de óleo de palma proveniente de florestas tropicais de uma reserva na Indonésia. A denúncia partiu do grupo ambiental RAN, sediado nos Estados Unidos.

De acordo com o Rainforest Action Network, florestas tropicais que integram a reserva de vida selvagem Rawa Singkil têm vindo a ser desmatadas, nos últimos oito anos, para dar lugar a plantações de óleo de palma. O grupo baseia-se em imagens de satélite que mostram áreas desflorestadas, com corredores de terra ladeados por fileiras de palmeiras jovens.

Localizada na província de Aceh, na ilha de Sumatra, a reserva em causa perdeu mais de 2600 hectares de floresta desde 2016, mas, agora, segundo o grupo ambientalista, estão a crescer arvores novas numa extensão de 645 hectares que foram desmatados.

O relatório do RAN, noticiado pela Reuters, adianta que ramos frescos destas plantações ilegais foram vendidos a fábricas que fornecem multinacionais como a Nestlé, a Procter & Gamble, a Mondelez e a PepsiCo.

Um porta-voz da Nestlé, citado pela agência noticiosa britânica, disse ter entrado de imediato em contacto com o fornecedor da empresa para investigar estas alegações, acrescentando que, caso se confirmem, serão tonadas medidas.

Por sua vez, fonte da P&G confirmou ter conduzido uma investigação na sequência deste relatório, tendo suspendido os fornecimentos das duas fábricas em questão.