O projeto ChemClimCircle, financiado pela União Europeia, acaba de lançar um guia para apoiar os responsáveis pelas compras públicas a integrar os aspetos químicos, circulares e climáticos nos contratos.

O objetivo é fornecer uma ferramenta que permita aos municípios e outras organizações públicas uma abordagem mais integrada ao procurement “verde”.

Justificando a necessidade deste guia, o ChemClimCircle recorda que as autarquias europeias adquirem bens e serviços em larga escada, para os respetivos equipamentos em áreas que vão dos cuidados à infância e à terceira idade, à construção e transportes, passando pela educação. Em consequência, “existe um elevado potencial para usar o processo de procurement para alcançar as metas ambientais, procurando cada vez mais produtos e serviços sustentáveis e, ao mesmo tempo, aumentando a qualidade de vida das pessoas, devido à redução da exposição a químicos e outros materiais.

Um dos desafios – reconhece a organização – pode ser a ausência de uma abordagem holística nas metas e visões da governação, que se foca, muitas vezes, em objetivos parciais como a neutralidade climática, enquanto o tópico das substâncias perigosas recebe menos atenção. No entanto – alerta – estas substâncias são críticas para que a economia circular seja possível, na medida em que quanto menos material possuir substâncias tóxicas, mais oportunidades há de ser reutilizado e reciclado.