Como consultor de recrutamento tenho observado que os profissionais que se destacam nas áreas de procurement são aqueles que conseguem equilibrar os seus conhecimentos técnicos com soft skills robustas.
Uma carreira de sucesso em procurement não depende apenas de conhecer as melhores estratégias de sourcing ou ferramentas de gestão. Depende igualmente de como lidamos com pessoas e com situações adversas.
As soft skills complementam o conhecimento técnico e posicionam o profissional de procurement como um líder estratégico dentro da organização. Em processos de recrutamento, essas competências têm peso equivalente — ou até superior — às competências técnicas, pois garantem que o profissional não só executa tarefas, mas também cria valor.
Seguem algumas soft skills cada vez mais valorizadas:
1. Inteligência emocional: Essencial para construir relações sólidas e negociar com confiança.
2. Habilidades de comunicação: Clareza e objetividade para evitar mal-entendidos e promover colaboração.
3. Resiliência: Fundamental para lidar com alterações ou imprevistos, e manter o foco em soluções.
4. Pensamento crítico e resolução de problemas: Necessário para enfrentar desafios complexos e criar inovação.
5. Competências interpessoais: Estabelecer relações saudáveis e produtivas com fornecedores e equipas internas é um diferencial competitivo.
6. Negociações bem-sucedidas: Mais do que técnicas, empatia, escuta ativa e inteligência emocional são chave para criar confiança com fornecedores.
7. Gestão de stakeholders: Comunicação eficaz para alinhar interesses e garantir resultados.
8. Adaptação às mudanças: O procurement atual exige flexibilidade para lidar com mudanças regulatórias, crises globais e evolução tecnológica.
O futuro do procurement exige profissionais completos, que combinem técnica e comportamentos de forma equilibrada. Investir no desenvolvimento de soft skills não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para aqueles que desejam crescer e contribuir para o sucesso das suas organizações.
Como consultores, cabe-nos identificar e destacar esses talentos no mercado, contribuindo para que as empresas tenham profissionais alinhados não apenas com os seus objetivos de negócio, mas também com a cultura organizacional.
Filipe Forte, Senior Manager | Michael Page