No dia 5 de fevereiro, o Porto de Sines recebeu o navio Rudolf Samoylovich, de bandeira bahamiana, que transportou a primeira carga de gás russo para Portugal de 2025, segundo informação avançada pelo Expresso.

O Expresso recorda que esta descarga ocorreu uma semana após Maria da Graça Carvalho ter destacado em Davos, durante o Fórum Económico Mundial, a reduzida dependência portuguesa de gás russo, apontando uma possível descida no aprovisionamento de gás proveniente deste país, porém, esta foi a segunda carga recebida em menos de dois meses.

Em 2024, Portugal dependeu do fornecimento de pouco mais 4% de gás de origem russa, a quota mais baixa desde 2020, tendo recebido apenas três navios ao longo do ano, e menos um do que em 2023. De acordo com os dados do REN Datahub, a maioria do aprovisionamento de gás foi garantido pela Nigéria e pelos EUA, superando, conjuntamente, os 92%.

A fonte procurou conhecer quem fora o cliente, porém, os dados do Porto de Sines não indicam o destinatário. Ainda assim, sabe-se que, desde a invasão russa à Ucrânia, empresas como a Galp, EDP e Endesa já apontaram não comercializar gás com a Rússia.

Os preços do gás natural na Europa estão elevados, e a tendência é que possam aumentar ainda mais, após a guerra comercial que Donald Trump iniciou ao aplicar tarifas agravadas a vários parceiros comerciais, podendo o gás natural voltar ao centro das preocupações das empresas com altos consumos de energia.

Foto: Teekay